Se é quase certo que a General Motors fechará 2018 mais uma vez na ponta do mercado interno de automóveis e comerciais leves, que a Volkswagen ficará  na segunda colocação e que a Fiat terminará no terceiro lugar, a definição da quarta e, em especial, da quinta posições promete uma ferrenha disputa até o último dia de dezembro.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, Ford, Hyundai, Renault e Toyota estão separadas por estreitíssima margem. Apenas 1,4 ponto porcentual de vantagem tem a atual quarta colocada, a Ford, com fatia de 9,4%, para a sétima marca mais vendida, a Toyota, que de janeiro a agosto deteve 8% das vendas.

A marca americana, com 148,2 mil veículos vendidos, tem um pouco mais de folga para a Hyundai, que contabiliza 135,7 mil emplacamentos, 8,6% do total. A diferença entre elas é, portanto, de 0,8% ponto porcentual ou cerca de 12,5 mil veículos.

Esses números não permitem dizer, contudo, que a fatura está encerrada em favor da Ford. Em agosto do ano passado a situação de ambas era exatamente a inversa e a montadora americana somou, no último quadrimestre, 0,4 ponto porcentual a mais do que a concorrente para terminar na quarta posição.

Mas já no limite de sua capacidade produtiva na fábrica de Piracicaba (SP) para três turnos de trabalho — e sem poder fabricar um carro a mais —, a maior preocupação da Hyundai é, na verdade, tentar assegurar o lugar em que está em vez de tentar dar o troco na Ford.

Isso porque imediatamente atrás dela está a Renault, que, ao lado da Volkswagen, é a marca, entre as líderes, que mais cresceu nos últimos doze meses: ganhou 2,1 pontos ao negociar 133,4 mil veículos no acumulado até agosto, equivalentes a fatia de 8,5%.

A separar as duas marcas ínfimos 2,3 mil emplacamentos. Como nos últimos três meses a Renault tem vendido mais do que a concorrente, não será surpresa se já ao fim de setembro assumir o posto da coreana.

A montadora francesa colhe os frutos, sobretudo, da boa aceitação do compacto Kwid e do utilitário esportivo Captur, produtos que chegaram às revendas no transcorrer do ano passado e têm desempenho acima da média ao longo de 2018.

O Kwid já é o sétimo automóvel — o primeiro da marca — mais vendido do País. De janeiro a agosto foram emplacadas 41,1 mil unidades.  O Captur, que ganhou milionária campanha publicitária nos últimos meses, já acumula 15 mil emplacamentos no mesmo período.

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Em 2017, ao longo de dez meses de mercado, o SUV somou 13,7 mil. A média mensal de vendas do modelo assim passou de 1.370 unidades para 1,9 mil, quase 40% a mais, enquanto segmento de SUVs evoluiu 27,5% neste ano.

No último quadrimestre caberá à Renault apenas cuidar para que Toyota, com 126,4 mil unidades emplacadas e participação de 8%, não a atropele com vendas turbinadas pela chegada do Yaris e Yaris Sedan. A dupla teve em apenas dois meses de mercado mais de 10 mil emplacamentos, um desempenho para lá de promissor no segmento.


Fotos: Divulgação/Renault

George Guimarães
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