Indústria

Anfavea questiona alíquota zero para importação dos elétricos

"O que defendemos é a produção local", diz presidente da entidade, pleiteando um prazo para o benefício acabar

A alíquota de importação zero para os veículos importados começa a incomodar as montadoras brasileiras. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, abordou o assunto nesta terça-feira, 7, ao divulgar o balanço do setor em janeiro, que indica crescimento de 104% nas vendas de veículos 100% elétrico no comparativo de janeiro deste ano (753 unidades) com o mesmo mês de 2022 (368).

No caso dos modelos híbridos, que têm produção local por parte da Toyota e da Caoa Chery, o aumento foi de 71,1% no mesmo comparativo, com 3.748 e 2.190 emplacamentos, respectivamente. Na avaliação do presidente da Anfavea, é preciso estabelecer data para a vigência do benefício aos carros elétricos:

“Não estamos falando em acabar com a alíquota zero. O que a Anfavea defende é a produção local e para as montadoras investirem no País é preciso ter previsibilidade. Queremos criar condições para fabricar elétricos no País não queremos inundar o mercado brasileiro com produtos de países de custo muito mais baixo”.

Com base nesses argumentos, Leite defendeu a criação de regras que ajudem as montadoras a programarem os próximos investimentos, ou seja, a definição de prazo para alíquota zero acabar. Vale lembrar que o Imposto Importação para veículos com motores a combustão é de 35%.

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Para o presidente da Anfavea, a isenção do imposto importação poderia até valer para modelos de baixíssimos volumes de venda, como os de luxo, que são indutores da tecnologia mas não competem com os empregos locais.


Foto: Divulgação/Anfavea

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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