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Honda perde mercado mesmo com linha renovada

Vendas dos novos City, City hatch e HR-V ainda não decolaram

HR-V: ainda muito atrás dos concorrentes em vendas.

 

A renovação da linha de produtos no Brasil promovida em 2022 ainda não surtiu bons efeitos comerciais para a Honda. Com cerca de 7,5 mil licenciamentos acumulados no primeiro bimestre, o número de vendas encolheu 15% sobre igual período do ano passado ao mesmo tempo que o mercado de carros de passeio cresceu 3,9%.

Em 2021, com Fit, WR-V e Civic nacionais ainda em linha, a fatia da Honda superava 5,2%. A marca agora tem apenas 3,7% das vendas de automóveis ante 4,6% um ano antes e ocupa a oitava colocação no ranking, imediatamente à frente Nissan, concorrente que patina no mercado há anos e concentra 80% de suas vendas no Kicks, seu único veículo produzido aqui.

Os novos modelos City, City hatch e HR-V, lançados entre o fim  2021 e agosto do ano passado, ganharam muitos elogios pelo nível de conteúdo de série e conomomia de combustível, mas ainda não se sobressaíram diante dos concorrentes diretos — para não dizer que estão muito longe dos protagonistas de seus respectivos segmentos.

Considerando os licenciamentos de janeiro e fevereiro, o City hatch é o Honda mais vendido, com exatos 2.674 licenciamentos, ante 2.407 do HR-V. O City sedã alcançou 2.175 emplacamentos, mas a gigantesca desvantagem para as 11,3 mil unidades do líder Chevrolet Onix Plus fsublinha a debilidade do próprio Jonda e de o utros concorrentes entre os sedãs compactos.

City e City hatch: vendas discretas após um ano no mercado.

Sétimo no ranking de hatch pequenos definido pela Fenabrave, o City também toma uma surra do Chevrolet Oxix (13,2 mil licenciamentos) e quase na mesma proporção do que ocorre com o sedã.

Modelo que merece até mais atenção, por disputar o maior e mais competitivo segmento do mercado brasileiro, o HR-V é apenas o 13° SUV mais negociado.

Desde seu lançamento, em agosto de 2022, o novo utilitário esportivo acumulou pouco mais de 12,1 mil unidades vendidas. Para ficar apenas na histórica comparação com a conterrânea Toyota, o Corolla Cross atingiu 22,6 mil emplacamentos no mesmo período e o líder do segmento no ano passado, o Chevrolet Tracker, quase 50 mil.

Civic: importado e bem mais caro que o concorrente histórico.

A chegada no mercado há menos de dois meses do novo Civic híbrido não deve mudar substancialmente esse quadro de vendas da Honda em 2023. O carro, que durante anos foi o mais vendido da marca aqui e várias vezes rivalizou com o Corolla pela ponta do segmento de sedãs médios, é agora importado da Tailândia.

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Seu público potencial está bem mais reduzido, já que custa sua versão única custa a partir R$ 245 mil, cerca de R$ 100 mil  a mais do que o Corolla mais barato, ou  R% 60 mil do que o mais sofisticado, igualmente híbrido, mas de produção local.

Tamanha diferença entre produtos tão tradicionais enfatiza que a Honda, mais do que desejar voltar a patamar superior de participação, vai correr mesmo em busca de lucratividade, ianda que sobre volumes reduzidos de vendas.


 

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Publicado por
George Guimarães

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