Diante da demanda crescente por parte das montadoras, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) segue liberando crédito tributário do programa carro mais barato, que a princípio deveria durar quatro meses mas tende a acabar em pouco mais de 30 dias.

O órgão acaba de divulgar balanço informando que já foram autorizados R$ 400 milhões, o equivalente a 80% de total de recursos destinados ao segmento de automóveis e comerciais leves, que é de R$ 500 milhões.

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“Os créditos solicitados pelas montadoras são convertidos em descontos para o consumidor na compra de compra de carros com valor de mercado até R$ 120 mil. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, mas muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria”, ressalta o MDIC em comunicado divulgado no início da tarde desta quarta-feira, 21.

Em apenas dois dias, houve alta de 25% no valor autorizado pelo MDIC para as montadoras de veículos leves no âmbito do pacote antes chamado pelo ministério de carro popular e agora de carro mais barato.

Importante lembrar que o governo federal, em portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União na terça-feira, 21, prorrogou por mais 15 dias a exclusividade das vendas de carros para pessoa física.

Ou seja, só a partir de 6 de julho é que locadoras poderão adquirir carro mais barato no programa definido pela MP (medida provisória) 1.175, que também contempla crédito para descontos de caminhões e ônibus. O movimento no varejo aqueceu nos últimos dias, mas a média diária tem se mantido baixa, na faixa de 6 mil unidades, exatamente pela ausência das compras de pessoas jurídicas.

A Abla, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, soltou nota questionando tal prorrogação, visto a que expectativa do setor, que responde por 40% das vendas locais das montadoras, era a de aquirir modelos compactos e mais baratos a partir de hoje.

Para elevar as vendas de maio, as locadoras compraram carros mais caros no final do mês, principalmente SUVS de médio e grande portes, aqueles não contemplados no programa do governo de incentivo ao setor automotivo.


 

Alzira Rodrigues
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