Passados os primeiros seis meses de 2023, o ritmo da produção brasileira de motocicletas segue rigorosamente as projeções da Abraciclo. Nesta segunda-feira, 10, a entidade que congrega dez fabricantes com fábricas em Manaus, AM, fez nova estimativa para o ano de 1,56 milhão de unidades, apenas 10 mil a mais do que o previra em janeiro e 10,4% de crescimento sobre 2022.

De janeiro a junho, saíram das linhas de montagem 764,3 mil motocicletas, 13,9% a mais do que em igual período do ano passado. É o melhor resultado para os seis primeiros meses desde 2014, mesmo com as 95,3 mil unidades produzidas em junho, o mais fraco desempenho mensal de 2023 e 6,3% abaixo do mesmo mês do ano passado.

Confirmado o número total para os doze meses de 2023, a produção brasileira colherá o melhor resultado nos últimos nove anos, acima das 1,52 milhão de unidades produzidas em 2014.

Marcos Bento, presidente da Abraciclo, vê cenário macroeconômico favorável para a ascensão das vendas no curto prazo. Lamenta apenas a elevada taxa de juros. “Mas o dólar em queda, aumento do nível de emprego, inflação controlada e crescimento esperado do PIB pressionarão a taxa de juros para baixo”, analisa o dirigente.

A indústria também se mostra satisfeita com a aprovação da reforma tributária na Câmara. “O texto assegura a manutenção dos benefícios para indústria em Manaus até 2073”, enaltece Bento. “E, pelo que foi aprovado, não haverá qualquer impacto sobre os produtos saídos de Manaus, onde a alíquota de IPI é zero.”

Mercado

Foram licenciadas no primeiro semestre  780 mil motocicletas, robusto crescimento de 22,5% em relação ao mesmo período de 2022. Só em junho, os emplacamentos esbarraram em 140,4 mil, aumento de 16,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com média diária de vendas de 6.685 motocicletas.

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A Abraciclo também revisou as estimativas anuais de vendas no varejo e de negócios com o mercado externo. Os licenciamentos devem totalizar 1,51 milhão de unidades, crescimento de 10,9% na comparação com o ano passado. Já para as exportações, a nova projeção é de que sejam embarcadas 49 mil motos, retração de 11,5% com relação a 2022.

Com 408,9 mil unidades e 52,4% de participação no mercado, a Street foi a categoria mais emplacada no primeiro semestre. Em segundo lugar apareceram as motos trail (145,4 mil e 18,6% do mercado), seguida pelas motonetas (104,5 mil e 13,4%).


 

George Guimarães
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