Pesquisa da ABB Robótica & Automação sobre perspectivas da produção automotiva mostra que a própria indústria considera inatingíveis as metas de adoção de veículos elétricos dentro dos prazos regulatórios estabelecidos atualmente.

Do total dos entrevistados, 59% fizeram essa avaliação ao destacar uma série de desafios, dentre os quais a adaptação a uma nova cadeia de suprimento de baterias, os altos níveis de investimento de capital necessários, a escassez de matérias-primas e a falta de infraestrutura adequada e de capacidade de rede.

Feita em parceria com a Automotive Manufacturing Solutions, a pesquisa mostrou que apenas 11% acreditam que todas as metas regionais para a adoção de VEs até 2030-2040 sejam realistas. Na avaliação dos 28% restantes, até é viável a possibilidade de os prazos serem cumpridos, mas para isso é necessário vencer uma série de desafios ainda existentes.

“A indústria automotiva está ciente das pressões e dificuldades envolvidas no cumprimento dos cronogramas regionais propostos para atingir a produção total de veículos elétricos”, comentou Joerg Reger, diretor global da linha de negócios automotivos da ABB Robótica, ao divulgar a pesquisa realizada junto a representantes de toda a cadeia automotiva.

O executivo disse que a automação é fundamental para garantiu maior eficiência e agilidade na produção na busca pelas metas estabelecidas atualmente.

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“É por isso que estamos observando uma alta demanda por nossos robôs especializados em montagem de powertrain de veículos elétricos. Essas soluções reduzem  os tempos de desenvolvimento, melhoram a flexibilidade, simplificam ainda mais o processo de produção e, por fim, reduzem os custos de fabricação.

Outro ponto abordado na pesquisa foram os desafios envolvidos na adaptação a uma nova cadeia de suprimento de baterias. Dos entrevistados, 19% consideraram essa uma barreira relevante, enquanto 16% mostraram preocupação com os altos níveis de investimento de capital necessários.

Por outro lado, a falta de infraestrutura de carregamento foi citada como a maior restrição à adoção de VEs por mais de um quarto (26%) dos entrevistados, enquanto 17% destacaram os altos preços dos veículos como a principal barreira ao crescimento dos modelos do gênero.


Foto: Divulgação/Volvo Car

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