Em cenário que conjuga aumento de preços em função da mudança da legislação ambiental para o Proconve P8, crédito restrito e antecipação de compra para renovação de frota com o estoque produzido até dezembro de 2022, o mercado de caminhões segue com o balcão de vendas pouco movimentado.

De acordo com o levamento da Fenabave apresentado na terça-feira, 3, os emplacamentos de caminhões em setembro somaram 8,4 mil unidades, volume 5,8% inferior ao registrado em agosto (8,9 mil) e 23,8% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No acumulado dos nove meses, o mercado absorveu 75,8 mil caminhões, o que expressou até o momento baixa de 17,5% em relação aos 91,9 mil licenciamentos anotados há um ano.

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Para presidente da Fenabrave, Andreta Jr., a trajetória apresentada até agora revela um comportamento de ajuste do mercado ante a nova realidade de preços do produto com tecnologia Euro 6. “Restrição de crédito também impacta o desempenho do mercado.”

O dirigente lembra que nem mesmo a MP 1.175, que estabelecia descontos na compra de veículos pesados com a contrapartida de tirar o velho de circulação, contribuiu com alguma recuperação.

“A validade da medida termina hoje (3 de outubro) e sobraram R$ 700 milhões de R$ 1 bilhão em recursos para caminhões e ônibus. O programa demorou a pegar, além de mais complexo em relação ao destinado para automóveis e comerciais leves”, observou, lamentando que o pedido de prorrogação feito pelo setor automotivo acabou não sendo atendido.

Pelo trâmite, para a estender o prazo só com a votação no Legislativo. “O atual momento da agenda do Congresso, tem outras prioridades, o que não permitiu apreciação.


Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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