Após justiça decidir pela reintegração dos metalúrgicos, a General Motors anunciou cancelamento das 1.245 demissões das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. A reversão ocorre após Tribunal Superior do Trabalho rejeitar pedido de liminar da montadora para manter as dispensas.

As fábricas, no entanto, ainda seguem paralisadas. Em assembleia na manhã de segunda-feira, 6, os metalúrgicos decidiram não voltar às atividades à espera do resultado de reunião entre a montadora e os três sindicatos, em Guarulhos (SP), na tarde de segunda-feira, 6.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a GM ainda não informou como procederá com a reintegração dos funcionários. A depender do resultado da reunião, uma nova assembleia dos trabalhadores está previamente marcada para terça-feira, 7.

“A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria”, diz em nota Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

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As fábricas paulistas da GM estão paradas desde o dia 23 de outubro. Os metalúrgicos decidiram pela greve em protesto contra as demissões feitas por telegrama ou e-mails que começaram a chegar no dia 21 de outubro.

Segundo o sindicato, as demissões descumpriram acordo de layoff, assinado em junho, que garantia estabilidade de emprego até maio de 2024, como também as dispensas ocorreram sem negociação prévia, o que fere legislação em casos de demissões em massa.


Foto: SindimetalSJC/Divulgação

Décio Costa
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