Apesar de persistirem os números negativos no ano, a produção de pesados teve bom desempenho em outubro. Saíram das linhas de montagem das montadoras instaladas no Brasil um total de 10.478 caminhões e de 2.098 ônibus, com respectivas altas de 27,5% e 12,5% sobre setembro, quando a produção, pela ordem, foi de 8.220 e 1.865 unidades.

Ao divulgar os números nesta quarta-feira, 8, a Anfavea voltou a lembrar que as retrações no acumulado do ano na área de pesados refletem a elevação dos custos provocada pelas novas tecnologias obrigatórias de controle de emissões – mudança do Euro 5 para o Euro 6.

Além disso, houve uma forte antecipação de compras no final do ano passado diante do anunciado anúncio de preços a partir de janeiro da ordem de 25%. Com relação às vendas, o mercado de caminhões registra recuo de 14,9% no acumulado do ano. Já no caso dos emplacamentosde ônibus, o volume deste ano, de 17,4 mil unidades, já se equipara ao total de 2002.

Vinicius Pereira, economista da Anfavea, comenta que são distintas as análises relativas a caminhões e ônibus, porque esse último segmento foi bem mais afetado pela pandemia do que o primeiro.

“Em 2019, antes do advento da Covid-19, foram empacados 22 mil ônibus. A partir daí os números despencaram porque todos que podiam evitavam o transporte público, assim como o de turismo rodoviário. Com isso, a base de comparação é baixa este ano, razão de as vendas terem desempenho positivo”, explicou Pereira.


 

Alzira Rodrigues
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