O mercado de caminhões está longe de seus melhores dias no que se refere ao número de veículos licenciados. Nos dez primeiros meses de 2023, o segmento encolheu 17,1%, para 85 mil unidades, e todas as seis principais marcas venderam menos.

Mas se os negócios recuaram, a disputa entre as marcas mais vendidas segue em alta —  apertadíssima como ao longo da última década — e tudo indica que, mais uma vez, a líder será definida apenas com os últimos licenciamentos em dezembro.

Prova disso é que, segundo levantamento da Fenabrave, em outubro a primeira colocada Mercedes-Benz superou a vice-líder Volkswagen Truck e Bus por somente 95 veículos: 2.178 a 2083 unidades.

A diferença marginal, entretanto, é verificada também nos negócios acumulados de janeiro a outubro. Neste em caso, em favor da VW, que somou precisamente 22.049 emplacamentos conta 21.688 da MB. As participações de mercado são, respectivamente, de 25,9% e 25,5%.

Grosso modo, os 361 veículos a mais equivalem a menos de uma semana de vendas de qualquer uma das duas marcas. Para reforçar a dimensão do atual nível de disputa: em igual período de 2022, a vantagem da VW esbarrava em 1,3 mil veículos, diferença que caiu para somente 266 caminhões no encerramento do ano.

Se a VW mantiver a liderança ao fim de dezembro, será um tricampeonato inédito da marca, que acabou à frente em 2021 e também 2022. Mas nos últimos dez anos, coube a MB liderar as vendas por sete anos consecutivos, de 2014 a 2020.

E se mantiver os atuais 25,9% de penetração até lá, será o menor índice da marca líder na última década e um dos menores da história — em 2013, a própria VW obteve 25,8%. Em 2022, nos primeiros dez meses, sua fatia foi de 28,5% e a da Mercedes-Benz de 27,3%.

Se a participação da líder e vice-líder encolheram, a da terceira colocada Volvo também diminuiu, para 18,8% ante 19,2% do ano passado.

Já as últimas três marcas que compõem o sexteto de maior volume de vendas no País podem ao menos comemorar crescimento de suas fatias.

A quarta colocada Scania chegou a 11,3% (contra 10% do ano passado), a Iveco passou de 8,8% para 9,5% e a DAF foi a que mais avançou: de 5,3% nos dez primeiros meses de 2022 para 7,9% este ano.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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