Os dez importadores de veículos associados à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, venderam exatas 6.013 unidades no mês passado. O número representa um salto de 242,8% sobre os 1.754 licenciamentos registrados no mesmo mês de 2022.

Apesar da oscilação de 1,9% para baixo com relação ao desempenho de janeiro, os importadores comemoram crescimento de 225,2% no primeiro bimestre, quando mais de 12,1 mil veículos foram negociados, ante 3,7 mil de igual período ano passado.

Esse abrupto crescimento, entretanto, tem apenas um grande e único motivo: as vendas da BYD. Com mais de 8,7 mil unidades negociadas nos dois primeiros meses do ano, a marca chinesa respondeu por 72% de todos os licenciamentos das associadas da Abeifa.

 

Sem não fosse o avanço de 2.120% da marca chinesa, a entidade teria contabilizado somente 3,4 mil licenciamentos neste começo de ano, um recuo da ordem de 8% frente às 3,7 mil unidades alcançadas no primeiro bimestre de 2022. Um resultado para lá de amargo, já que, na média, o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves cresceu 22,8%.

Chama a atenção no balanço da Abeifa também o fato de a segunda marca mais vendida, a Volvo, com distantes 1 mil unidades, registrar recuo de 25% na comparação anual. A Kia, terceira colocada, somou 838 veículos, 8% a mais.

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1bBYDBYDNo ano passado, os importadores da Abeifa respiraram mais aliviados com o avanço de 127,7% nos licenciamentos, para 41 mil unidades. O elevado índice, entretanto, se deu sobre base absolutamente baixa. Em 2022, o setor teve seu pior resultado em 15 anos, apenas 18,2 mil veículos vendidos.

Desde o primeiro dia de janeiro, carros elétricos movidos a bateria passaram a recolher 10% de imposto de importação, enquanto os híbridos plug-in, 12% e os híbridos, 15%. A partir de julho, esses índices serão novamente elevados para, respectivamente, 18%, 20% e 25%. As tarifas serão aumentadas gradualmente até 2026, quando chegarão a 35%.


Foto: Divulgação1b

George Guimarães
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