A AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, lançou na terça-feira, 16, o Fórum Estratégico de Engenharia, que visa mobilizar o setor para fortalecer a localização de centros de pesquisa e de desenvolvimento no Brasil.

A ideia é valorizar a engenharia automotiva nacional e, consequentemente, fortalecer a cadeia de produção de veículos, sistemas e peças. O lançamento do fórum foi realizado em evento no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, que reuniu 60 executivos de montadoras e sistemistas, em sua maioria heads de engenharia.

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Na ocasião, o presidente da AEA, Marcus Vinicius Aguiar, falou sobre o planejamento estratégico da entidade, que foi concluído este mês e estabece ações em parceria com os governos federal e estaduais, academia e a iniciativa privada.

Ao comentar sobre a chegada de novas montadoras ao país, com produtos CBU (Completely Built Unit), SKD (Semi Knocked Down) e CKD (Completely Knocked Down), Aguiar disse ser esse um cenário preocupante:

“Estamos assistindo, de braços cruzados, certo enfraquecimento da engenharia nacional, quando – em realidade – nossos profissionais possuem domínio tecnológico em se tratando de descarbonização veicular, para mostrar ao mundo sua capacitação em tecnologias inovativas de biocombustíveis, diante da realidade brasileira de ser privilegiada com abundância de fontes renováveis”.

O vice-presidente da AEA, Everton Lopes,responsável pela construção do planejamento Eestratégico e também do novo fórum, fez uma exposição detalhada sobre o atual quadro da engenharia automotiva nacional e o quê pode ser feito para incentivar a retomada da relevância dos centros de P&D locais.

O evento de lançamento do fórum teve o painel “Como impulsionar a Engenharia Automotiva Brasileira”, com as participações de Margarete Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica/MDIC, José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo do BNDES, Igor Calvet, presidente da Anfavea, Claudio Sahad, do Sindipeças, e Gastón Diaz Perez, presidente e CEO da Bosch América Latina, com a mediação de Antonio Calcagnotto, diretor de Relações Institucionais da AEA.

Segundo a entidade, foi unanime a posição de que os investimentos em centros de P&D automotivos são vitais no processo de retomada do crescimento da indústria local, cujo direcionamento indica as tecnologias de biocombustíveis e de bioeletrificação.

A AEA pretende realizar quatro edições do Fórum Estratégico de Engenharia por ano a partir de 2026, a fim de oferecer estudos técnicos ao gverno federal na continuidade das políticas industriais de Estado do setor automotivo brasileiro.


Foto: Divulgação/AEA

Alzira Rodrigues
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