Já está em operação linha de produção de sistemas de direção elétrica da thyssenkrupp em São José dos Pinhais (PR).  A unidade, inaugurada há vinte anos, recebeu investimento inicial de R$ 4 milhões para fabricar os novos componentes, recentemente incorporados ao portfólio da empresa no Brasil.

Até o fim do ano, porém, devem ser aplicados outros R$ 46 milhões para a instalação e início de operação de maquinário e equipamentos necessários para atingir a capacidade produtiva anual de 400 mil sistemas. “Mas o volume pode chegar a 1 milhão no decorrer dos próximos anos, de acordo com a demanda do mercado”, admite Daniel da Rosa, CEO da unidade Steering da thyssenkrupp para o Brasil.

Rosa: mercado interno promissor.

O executivo reforça que a thyssenkrupp produz anualmente em todo mundo cerca de 20 milhões de sistemas do gênero. No Brasil, apenas mais recentemente, e ainda assim em veículos mais caros, as direções elétricas começaram a ganhar espaço nas linhas de montagem. O potencial de crescimento do mercado assim é grande, promissor.

Conhecido também pela sigla EPS, de Electronic Power-Assisted Steering, a direção elétrica é pré-requisito para todos os sistemas de assistência eletrônica ao motorista, como estacionamento automatizado, assistência na mudança de faixas, aviso de distância e direção autônoma.

Colabora também para aumentar a eficiência energética dos veículos, assegura a fabricante. No sistema, os movimentos do motorista são auxiliados por um motor elétrico, que só é ativado quando a unidade de controle avalia que o motorista realmente precisa de ajuda.

A economia de combustível, calcula a thyssenkrupp, pode chegar a meio litro de combustível para cada 100 quilômetros percorridos, caso comparado com uma direção hidráulica convencional.

A nova linha de produção paranaense adota conceitos e soluções da Indústria 4.0.  “A interconexão entre as etapas do processo, o monitoramento em tempo real e a automação envolvida proporcionam um alto nível de controle. Dessa forma, nos tornamos mais flexíveis e conseguimos nos adaptar mais rapidamente às mudanças nas demandas de mercado”, pondera Rosa.

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A divisão automotiva tem peso importante nas atividades do conglomerado alemão, que atua também nos segmentos de energia, infraestrutura, mineração, cimento, construção civil, química, petroquímica e defesa. As vendas globais da thyssenkrupp no ano fiscal de 2017-2018 somaram € 42,7 bilhões —  € 11 bilhões, ou mais de um quarto do total, para a indústria automotiva.

O portfólio de produtos da empresa para o setor é extenso e inclui, dentre outros, eixos de comando de módulos de cabeçote do cilindro, virabrequins, sistemas de direção, amortecedores, molas e barras estabilizadoras. No Brasil, além de São José dos Pinhais, são fabricados em Ibirité, Poços de Caldas e Santa Luzia (MG), Campo Limpo Paulista e São Paulo (SP).


Foto: Divulgação/thyssenkrupp

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