Dois dias após receber o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, o vice-presidente e titular do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, teve reunião com o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, também na sede do órgão em Brasília.
No caso da entidade dos concessionários, o objetivo principal foi entregar ao ministro convite para participar do Congresso & Expo Fenabrave na capital paulista em agosto. A entidade nada revelou sobre os outros assuntos abordados na ocasião, assim como fez a Anfavea, que oficialmente não comentou a reunião da tarde da quinta-feira, 12.
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Fonte de uma montadora, contudo, informou que o programa Mover, Mobilidade Verde e Inovação, esteve no centro dos debates com Alckmin, cuja reunião teve por foco principal mostrar a importância do IPI Verde, aguardado pelo setor desde o ano passado.
Com atraso, o decreto nº 12.435 que regulamentou o Mover foi assinado no dia 15 de abril pelo oresidente Luiz Inácio, estabelecendo parâmetros técnicos e ambientais de eficiência energética, reciclabilidade e segurança que fabricantes e importadores de veículos devem seguir para comercialização no Brasil a partir deste mês.
Algumas regulamentações, no entanto, ainda estão pendentes, dentre as quais a do IPI Verde, referente à criação de alíquotas proporcionalmente menores para veículos menos poluentes. Desde a assinatura do decreto, Alckmin vem prometendo para “breve” a criação de tal imposto, que já foi tema de encontros do ministro com presidentes de montadoras aqui instaladas, caso da Toyota.
Em maio, durante sua primeira coletiva como presidente executivo da Anfavea, Calvet comemorou o decreto do Mover mas disse ser necessário esperar atos subsequentes, como mais detalhes sobre a eficiência energética de veículos leves e pesados e o projeto de reciclabilidade.
Enfim, foi justamente para saber sobre encaminhamentos ainda pendentes do Mover que o executivo que representa as montadoras se reuniu com Alckmin. Se houve avanços, nada foi comentado. Mas é certo que só cresce no setor a expectativa em relação ao tão esperado IPI Verde.
Foto: Anfavea/Linkedim
ssinado no mesmo dia da posse de Igor Calvet, o primeiro presidente contratado da Anfavea, o decreto nº 12.435, de 15 de abril de 2025, agradou apenas parcialmente o novo representante da associação das montadoras e também o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad.
Em entrevista conjunta concedida a um pequeno grupo de jornalistas na posse realizada na segunda-feira, 15, à noite, na sede da Fiesp, ambos comentaram serem necessárias medidas complementares para afastar o risco de os investimentos programados para o Brasil serem postergados ou mesmo revisados.
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“O risco continua porque o cenário é incerto”, comentou Calvet, destacando ser necessário esperar os atos subsequentes ao decreto, como mais detalhes sobre a eficiência energética de veículos leves e pesados e o projeto de reciclabilidade.
Segundo frisou, a posição da Anfavea, manifestada no dia 8 deste mês por Márcio de Lima Leite, a quem sucedeu, não mudou. Na tarde desta quarta-feira, 16, inclusive, o novo presidente da entidade terá reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília.
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