Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

A AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, realiza no dia 26 de abril, em São Paulo,  a 4a edição do  Seminário de Propulsões Alternativas, com o tema “A vez da eletrificação veicular no Brasil”.

O encontro acontecerá no momento em que crescem as discussões sobre o papel que caberá aos veículos elétricos no mercado interno e como ficaria o segmento sem medidas específicas dentro do Rota 2030, programa  governamental para a indústria automotiva ainda envolto em indefinições.

Para debater a viabilidade da eletrificação da frota brasileira na Universidade Paulista – UNIP (Av. José Maria Whitaker, 373 – Planalto Paulista – São Paulo – SP), os organizadores convidaram o Ministério das Minas e Energia, acadêmicos e representantes da indústria automotiva.

Ricardo Gomide, representante do Ministério de Minas e Energia (MME), fará a palestra “Introdução de Veículos Elétricos e Impactos sobre o Setor Energético Brasileiro”. A “Regulamentação para Veículos Elétricos no Brasil” será abordada por Ricardo Takahira, da GFA Group,  e o “Mercado Potencial dos Elétricos no Brasil” é a palestra de Tatiana de Fátima Bruce da Silva, da FGV Energia.

As discussões devem atrair especialistas e representantes de órgãos governamentais, fabricantes de veículos automotores, autopeças, acadêmicos e estudantes.

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Afinal carros elétricos e híbridos são o maior desafio para a indústria automobilística nos próximos anos e a grande aposta das montadoras para atingir os limites de emissões propostos principalmente na Europa. A China, maior mercado mundial, também tem como diretriz ser a líder no desenvolvimento e produção de veículos movidos a eletricidade.

Porém,  Carlos Tavares, presidente da Acea, a associação dos fabricantes de veículos da Europa e também CEO do Groupe PSA, empresa que promete ter 100% de sua gama de produtos com versões eletrificadas até 2025, tem muitas dúvidas se essa será, de fato, a melhor tecnologia para reduzir as emissões mundiais.

Em recente visita ao Brasil, ele colocou em dúvida se haverá energia suficiente, no médio prazo, para abastecer todos os veículos que as montadoras terão de produzir para atender — e escapar de eventuais punições — os índices médios de eficiência energética propostos ou já definidos pelo bloco de países europeus, por exemplo.

Mais ainda: o executivo  levanta se  essa energia será rigorosamente limpa —  que não seja gerada em termo-elétricas a carvão ou em usina nucleares. Os consumidores, pondera o presidente da Acea,  dificilmente se interessarão por um produto com esse tipo de energia e, como consequência, as montadoras, em última análise, não teriam como rentabilizar seu negócio em alguns anos.


 

George Guimarães
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