Por Redação

O ano já virou, estamos em 2018, mas  as empresas financeiras ligados ao setor automotivo continuam comemorando os bons resultados de 2017.  Levantamento da Anef, a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, divulgado nesta quinta-feira, 4, indica que em novembro os bancos de montadoras e instituições independentes liberaram R$ 9,4 bilhões, o melhor resultado mensal do ano passado.

Com esse novo valor, o montante liberado pelo sistema financeiro para financiamento de veículos chegou a R$ 89,4 bilhões,  alta de 24% em doze meses, e já superior ao total de R$ 80,2 bilhões registrado em 2016.

Foi a terceira vez no ano que as liberações ultrapassaram os  R$ 9 bilhões, todas no segundo semestre. Luiz Montenegro, presidente da Anef, vê no fato um bom indicador: “O consumidor aguardou pela redução da taxa de juros e por uma maior estabilidade do cenário econômico para ir às compras. O volume registrado em novembro foi 2,2% superior ao alcançado em outubro e 28,4% maior que o mesmo mês de 2016”.

Dos R$ 9,4 bilhões concedidos às operações de CDC, R$ 8,2 bilhões foram destinados às pessoas físicas e o restante, R$ 1,2 bilhão, às jurídicas. Já para os contratos de leasing foram liberados R$ 152 milhões, queda de 5% na comparação com outubro, e de 21,6% em doze meses. O maior volume, de R$ 119 milhões, foi encaminhado para as empresas. No acumulado do ano, a carteira de leasing somou R$ 1,6 bilhão, recuo de 13,1% na comparação com o valor registrado no ano passado.

A retomada dos negócios reflete também no aumento do saldo das carteiras. Em novembro, o total foi R$ 168,1 bilhões, volume 1,3% superior ao registrado no mês anterior, e 3,3% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. As operações de CDC respondem por R$ 164,4 bilhões, o que representa um aumento de 1,4% na comparação com outubro, e de 3,9%% em doze meses. Os R$ 3,7 bilhões restantes referem-se ao leasing – mesmo volume registrado em outubro. O resultado, contudo, é 17,8% inferior ao obtido no mesmo período de 2016.

Inadimplência— Em novembro, o índice de inadimplência nos contratos de financiamento firmados pelas pessoas físicas manteve o nível registrado no mês anterior, de 3,8%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo é de 0,9 ponto porcentual. Entre as pessoas jurídicas, o índice foi de 2,9%, queda de 0,1 ponto porcentual em relação a outubro, e de 2,3 pontos porcentuais em doze meses.

Na carteira de leasing, o índice de pessoas físicas que deixaram de quitar os seus negócios foi de 2,4%, índice 0,2 ponto percentual menor ao alcançado em outubro, e 1,5 ponto percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2016. Entre as empresas, a taxa foi de 2,1%, mesmo percentual registrado no mês anterior, porém 2,1 ponto percentual menor em doze meses.


 

George Guimarães
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