Por George Guimarães

O Mercosul automotivo deve ter em 2018 novamente bons resultados, superiores inclusive aos de 2017, já um ano de recuperação nos dois principais polos produtivos e mercados da região: Brasil e Argentina.

Grosso modo, segundo as projeções, a produção somada nos dois países superará 3,6 milhões de veículos enquanto os mercados internos absorverão quase 3,5 milhões de unidades. No ano passado Brasil e Argentina fabricaram pouco menos de 3,2 milhões de unidades e somaram vendas internas 3,1 milhões.

Gamboa: recuperação do Brasil impulsionará produção argentina.

Agora, se o Brasil espera avanço de 13,2% na produção, atingindo sozinho mais de 3 milhões de veículos, e mercado interno em nova evolução de 11,7% e que deve beirar os 2,5 milhões de veículos, a indústria argentina não fica tanto atrás no otimismo.

A Adefa, a Associação de Fábricas de Automotores, acredita que a produção pode chegar a 565 mil unidades, 20% a mais do que no ano passado, enquanto projeta que os licenciamentos esbarrarão nos 945 mil veículos, 5% de crescimento.

Em 2017 a indústria local produziu 472,2 mil veículos, praticamente o mesmo resultado do ano anterior. Já as vendas internas fecharam em 901 mil unidades, um salto de 27% sobre o ano anterior, e as exportações somaram 209,6 mil, crescimento de 10%o resultado sobre 2016.

A evolução mais significativa para a indústria automobilística argentina, porém, deve ser registrado mesmo nas exportações. A entidade calcula que os embarques somarão mais de 300 mil veículos em 2018, 43% a mais do que em 2017.

Variação dessa ordem nas vendas externas tem varios motivos e um especial e natural: o aguardado crescimento do próprio mercado brasileiro, maior destino dos veículos argentinos.

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“A melhora que projetamos em nossos programas de produção e exportação é impulsionada por importantes lançamento de fabricação nacional e também pelos planos de investimentos. A eles se somam o crescimento da demanda no mercado interno e o impacto positivo da recuperação do Brasil depois de anos de intensa contração, e da diversificação demercados”, analisa Luis Fernando Peláez Gamboa, presidente da Adefa.

O executivo lembra que a Argentina encaminha projeto para chegar à produção anual da orden de 1 milhão de veículos até 2023. Segundo Gamboa, para isso o setor deve investir cerca de US$ 5 bilhões em aumento da produção, da qualidade, capacitação da mão de obra e na inserção internacional.


Foto: Divulgação/Adefa

George Guimarães
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