Por Décio Costa | decio@autoindustria.com.br

A unidade de negócios CNH Industrial Parts & Service, a partir de seu Centro de Distribuição de peças, aposta em mais uma atribuição, além do gerenciamento logístico de recebimento, armazenagem e despacho de componentes das marcas do grupo. Atuante na ponta do consumo, a área traz para a engenharia as angústias e os desejos do cliente, ponto de partida para novos desenvolvimentos de peças.

José Roberto Manis, diretor para a América Latina da divisão, conta que a Nexpro, por exemplo, linha de peças de reposição para atender produtos das marcas do grupo fora de garantia, nasceu, em boa parte, do que o pós-venda ouviu. “O Centro de Distribuição dá feedback para a engenharia, como a possibilidade de ter lubrificante que dure mais, prazos de revisão e outras necessidades do cliente.”

Manis lembra que um bom exemplo da eficácia desta articulação entre CD e engenharia foi a recente correia que nasceu Nexpro e, hoje, também integra portfólio de peças genuínas. “O entrosamento permitiu avançar rápido com a linha. Já são mais de 100 parts numbers com foco no dia a dia das operações dos clientes, como filtros, correias, embreagens, pastilhas e acessórios para máquinas agrícolas, de construção e caminhões.”

Atrelar os anseios do cliente às oportunidades de ampliar negócios para o grupo só é possível pelo foco apurado da logística. “Há muita concorrência. Os produtos são muito parecidos e com qualidade semelhantes”, lembra Manis. “Processos e práticas assertivas no pós-venda são fundamentais para manter o cliente.”

O CD da CNH Industrial, localizado em Sorocaba (SP), foi construído e planejado para suportar as demandas de uma rede de concessionárias de mais de 620 concessionárias em toda a região da América Latina. A lista de parceiros conta dez empresas transportadoras, dentre áreas e rodoviárias que cumprem rotas expressas ou fretes dedicados para que a peça chegue, no máximo, em até 42 horas nos locais mais remotos. Para qualquer outro destino, a garantia é de até 24 horas.

“Para atender bem, trabalhamos com níveis de atendimento”, conta o diretor. “O chamado de estoque e para repor as prateleiras do revendedor, o de emergência, configura pedidos menores e, o super urgente, sinaliza de que algum cliente está com a máquina parada e que precisa ser atendido o mais rápido possível, normalmente grandes clientes, como usinas e mineradoras.”

Por dentro, o CD é um organismo gigantesco. Em terreno de 135 mil m², o galpão com 66 mil m² tem capacidade para abrigar mais de 20 milhões de peças das marcas do grupo que atuam na região: Case IH Agriculture, Case Construction, New Holland Agiculture, New Holland Construction, Iveco e FPT.

Inaugurado em março de 2010, o CD nasceu a partir de diretrizes como leiaute adequado, sustentabilidade, tecnologia, gerenciamento próprio e metodologia. “O objetivo do projeto era alcançar altos padrões de qualidade e colocar focos em perdas e desperdícios. A operação trouxe sistemas e processos próprios desenvolvidos pela CNH Industrial”, resume Manis.

 

Dentro de um galpão com 12 metros de altura de pé direito, onde se privilegia a iluminação natural, pouco mais de 400 funcionários são responsáveis pela rotina de entrada e saída de peças de milhares de prateleiras. Ajudam mais de 54 máquinas empilhadeiras, dois AGV (veículos robôs) e sofisticado sistema eletrônico de localização de peças.

A construção traz ainda história à parte. Como nasceu a partir de conceitos de sustentabilidade, o projeto usou material reciclado e reciclável, além de recursos que minimizam impacto ambiental, da autossuficiência de água, pela reutilização da água da chuva ao aproveitamento da luz natural por meio de telhas translúcidas. O CD da CNH Industrial é primeiro do gênero da América Latina a obter o certificado Green Building.


Fotos: CNH Industrial/Divulgação

 

Décio Costa
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