Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

Verdade seja dita: há um bom tempo a Citroën deve alguma novidade de peso para sua linha de automóveis no Brasil. A mais recente, há dois meses, foi o face-lift do argentino C4 Lounge e antes dela, no primeiro semestre do ano passado, o importado C4 Picasso e a transmissão de seis marchas para o C3 e Aircross nacionais.

Convenhamos, muito pouco para um mercado em franca ebulição de lançamentos. De novo mesmo, a marca tem o Jumpy, apresentado no fim de 2017, mas aí se trata de um veículo comercial.

Pois, darão graças em especial os concessionários da marca, os dias de estiagem estão próximos do fim. A fábrica da PSA em Porto Real, (RJ) já produz o utilitário esportivo compacto C4 Cactus em regime pré-série para lançamento comercial no segundo semestre.

E esta semana a Citroën começou a adoçar a boca do consumidor com as primeiras fotos oficiais de seu próximo modelo nacional. Na Europa, o Cactus chegou  às ruas no transcorrer de 2014 e já passou por ligeira atualização estética. A versão produzida no sul-fluminense será muito parecida com o Cactus europeu atualizado. Apenas alguns detalhes no para-choque são perceptíveis aos olhos dos menos aficionados.

 

O motor ainda não foi confirmado oficialmente pela empresa, mas não deve fugir do 1.6 flex já presente no C4 e Aircross e — pelo menos é torcida de muitos — do polivalente e ótimo 1.6 THP, turbo oferecido em diversos modelos da Citroën e da Peugeot em todo o mundo. Ambos acoplados, muito provavelmente, à transmissão automática de seis velocidades e, no caso do 1.6 aspirado, também a uma manual.

A chegada do Cactus tem particular importância também porque permitirá à Citroën finalmente brigar com mais argumentos no segmento que mais cresce no Brasil. Os SUVs já respondem por quase um quarto do mercado interno: venderam 150 mil dos 630 mil automóveis e comerciais leves emplacados no primeiro quadrimestre de 2018.

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O  Aircross, único representante da marca entre os mais de quarenta modelos relacionados pela Fenabrave na categoria, figura apenas na 15a posição, com pouco mais de 2 mil emplacamentos de janeiro a abril e participação de 1,35%.

Desempenho de mercado, diga-se, até melhor do que da própria marca, que deteve minguado 0,87% das vendas de automóveis e comerciais leves no período. Não à toa, portanto, a montadora deve estar tão ou mais ansiosa do que seus revendedores pela chegada, e sucesso, do Cactus.


Foto: Divulgação/Citroën

 

George Guimarães
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