Quanto você estaria disposto a pagar por uma motocicleta? Há quem se recuse desembolsar mais do que R$ 10 mil, mas muitos outros não se importam de investir R$ 50 mil ou até R$ 100 mil. Não por outro motivo o segmento de motos premium tem crescido no Brasil, mesmo em período de economia estagnada.

A Honda, eterna líder disparada de vendas no Brasil e com opções para todas as faixas de mercado, sabe bem disso e está apostando alto na parte de cima do mercado. Na verdade, no segmento mais alto possível.

A empresa começa a aceitar encomenda, a partir de 22 de outubro, da clássica GL 1800 Gold Wing.  As primeiras unidades, porém, serão entregues somente em fevereiro de 2019. Para quem não sabe, o modelo surgiu em 1975 e desde então é referência de sofisticação e luxo no mundo das motocicletas.

A nova touring foi apresentada há cerca de um ano durante o Salão Duas Rodas em São Paulo e chegará às revendas por R$ 136.550,00 na versão Gold Wing e R$ 156.550,00 na versão Tour, valores equivalentes a de muitos carros de luxo.

A justificar — pelo menos em parte— esses valores, além das alíquotas de importação e da grife de uma moto clássica, está uma extensa lista de recursos tecnológicos, de segurança e de conforto, alguns pouco ou nunca vistos em outras motocicletas de qualquer marca.

Bem, o motor já dá uma boa noção do que a Honda propõe para seus çpotenciais exigentes e abastados consumidores: é um seis cilindros boxer de 1.833 cc e 126 cavalos de potência, que pode ser ajustado de acordo com quatro perfis de pilotagem: Tour, Sport, Econ e Rain.

Acoplado a ele, um câmbio de dupla embreagem e sete marchas. O piloto tem a opção do modo automático ou de selecionar a marcha desejada por meio de botão no punho esquerdo do guidão. A transmissão conta ainda com recurso que movimenta a motocicleta em velocidade limitada (1,8 km/h à frente e 1,2 km/h em marcha a ré) para auxílio em manobras de estacionamento. Uma ajuda indispensável: afinal, a moto pesa 383 quilos.

A Gold Wing, com quadro em alumínio, tem ainda acelerador eletrônico, controle de tração, assistente de partida em subidas e sistema start & stop. As suspensões traseira e dianteira dispõem de regulagem eletrônica automática, adequadas aos modos de condução pré-selecionados. Os freios, naturalmente, são de última geração com sistema ABS combinado entre a roda dianteira e traseira. De quebra,  o modelo segue como a única motocicleta da atual produção mundial com airbag de série.

O para-brisa é regulável em altura e protege um cockpit com painel com tela colorida de 7 polegadas, sistema de áudio, navegação e de controle de tração, da regulagem de suspensão e do piloto automático. O sistema multimidia é compatível com Apple Carplay e a conectividade pode ser feita por porta USB e Bluetooth.

Ou seja, afora o fato de ter duas rodas a menos, em quase nada a Gold Wing se difere de um automóvel de luxo. Nem mesmo no preço.

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Fotos: Divulgação/ Honda

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