O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC divulgou nota afirmando que o Rota 2030, aprovado e regulamentado nesta quinta-feira, 8, está aquém das necessidades da indústria automotiva brasileira. Na avaliação da entidade, trata-se de um programa com foco em pesquisa e desenvolvimento, o que é bom e necessário, mas não pode ser considerado uma política industrial.
“Ao não contemplar políticas tarifárias que incentivem produção nacional, que estavam presentes no Inovar-Auto, o Rota 2030 ficou incompleto, pois não zela pelo emprego. Ele não estabelece proteção efetiva nem mesmo em relação ao volume de componentes importados nos veículos produzidos no Brasil. A MP aprovada também não atende os pleitos de fortalecimento da cadeia produtiva e, por ter validade de 15 anos, deveria ser muito mais estruturante”, destaca a nota.
O sindicato diz que, durante todo o processo de discussão do programa, se empenhou em garantir dispositivos que o tornassem mais abrangente. “Por meio de emenda parlamentar, apresentada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), conseguimos avançar em relação ao texto original, incluindo a capacitação técnica e a qualificação profissional, inserindo o trabalhador como parte dos processos, tendo em vista os incentivos previstos à eletrificação e à indústria 4.0”.
O Sindicato diz ainda que considera positiva a criação do observatório nacional da indústria, que deverá acompanhar de perto a aplicação de recursos, investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “Estaremos atentos e mobilizados para garantir a participação efetiva dos trabalhadores nesse processo”, conclui a nota.
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