Evento abriu as portas hoje com cerca de quinhentos modelos expostos
Foi aberto ao público nesta quinta-feira, 8, o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. É a 30ª edição do evento que neste ano deve receber cerca de 700 mil visitantes no complexo de exposição São Paulo Expo, na Zona Sul da capital paulista, até o encerramento no dia 18.
Estarão expostos cerca de quinhentos veículos de compactos a dezenas de utilitários esportivos nacionais e importados e superesportivos, mas não para todos os bolsos. São raríssimos os carros chamados “de entrada”, ou seja, mais baratos, aqueles que dominaram as vendas até anos recentes e que hoje perderam espaço para modelos mais bem equipados.
O visitante não verá nenhum lançamento de produto nesse segmento, a não ser retoques – pouquíssimos – e inclusão de equipamentos, sobretudo de conectividade, em modelos já à venda.
As montadoras centraram esforços na faz faixas de mercado de vendas ascendentes e, sobretudo, de maior margem de lucro. Pablo Di Si, presidente da Volkswagen, diz que os fabricantes tendem a produzir o que “o consumidor quer” e, portanto, daí a minguada participação de modelos mais baratos e despojados na mostra e, cada vez mais, nas vendas e planos das empresas.
A própria Volkswagen é uma boa prova do caminho tomado pela indústria. Seu estande tem dentre as atrações, além de versões esportivas e elétricas, os futuros nacionais SUV T-Cross, no mercado em meados do primeiro semestre, e a picape média Tarok, exibida para prospecção de observações dos clientes, mas que até 2020 estará nas ruas.
É, sobretudo, com esses dois novos produtos que a marca alemã vislumbra alcançar novamente o topo do ranking das marcas mais vendidas no mercado brasileiro, posição perdida depois de quatro décadas para a Fiat e nos últimos três anos também para a Chevrolet.
“O ano que vem será chave para a Volkswagen nesse sentido”, interpreta o executivo, que vê na oferta do primeiro utilitário esportivo compacto da marca, o grande potencial de ascensão. “Serão praticamente vendas adicionais, pois não temos nada nessa faixa”, pondera, descartando alguma canibalização de produtos dentro da marca.
A montadora de origem italiana é outra que fará do Salão do Automóvel laboratório para um crossover. O conceito, batizado de Fastback, é criação do departamento de design da operação local e deve ser fabricado em Goiana (PE) sobre a plataforma da picape Toro, a mesma utilizada nos produtos Jeep nacionais.
O salão paulistano de 2018 ficará marcado ainda pelo anúncio de comercialização no Brasil de muitos híbridos — a Lexus, marca Toyota, não terá mais carros com motores exclusivamente a combustão — três veículos elétricos para o consumidor final: os Renault Zoe, o Nissan Leaf e Chevrolet Bolt. A preços ainda salgados, é verdade. O mais barato é o Renault, que já pode ser ocmprado por R$ 150 mil. O Nissan sai por R$ 178 mil e o Bolt, por R$ 175 mil.
Mas se a opção por visitante é por mais tecnologia e preços salgados, aí não faltarão dezenas de opções. O roteiro sem erro passa pelos estandes de, por exemplo, Mercedes-Benz, Audi, BMW e Porsche. Alguns modelos dessas marcas beiram e até ultrapassam R$ 1 milhão. Outros, como o One, da Mercedes, cujo motor de F-1 combinado com dois outros elétricos desenvolvem 1 mil cv, são meras vitrines de potencialidades tecnológicas.
LEIA MAIS
→Rio mais uma vez é uma das apostas da Kia
→Toyota já opera em três turnos em Sorocaba e Porto Feliz
→Ford mostra SUV conceito Territory e abre pré-venda do Edge ST
→Fastback: conceito antecipa SUV da Fiat.
Quando o território a ser explorado é o da exclusividade, porém, a visirta ao estande da Via Itália é obrigatória. A importadora representa no Brasil o quarteto Ferrari, Maseratti, Lamborghini e Rolls Royce. Cada uma dessas marcas tem ao menos umanovidade que, somadas, têm preços sugeridos em torno de R$ 12 milhões.
Nenhum desses carros, contudo, fazem frente aos Rolls Royce Cullinan, primeiro SUV da tradicionalíssima marca inglesa. O grandalhão com motor V12 de 567 cavalos e luxo que agrada ao mais exigente dos xeques custa R$ 4,4 milhões.
Foto: Divulgação
Sindicato calcula o corte de 50 trabalhadores que estavam em licença remunerada
A atual primeira colocada Volkswagen tem 15,7% dos licenciamentos. Há um ano Jeep liderava com…
Vendas avançaram 45% em abril em relação há um ano
Presidente da Fenabrave reconhe que os elétricos puros vêm se consolidando aos poucos nos grandes…
Com 133 mil emplacamentos no quadrimestre, vendas do segmento cresceram 21,5% este ano
Encarroçadora de ônibus contabilizou R$ 316,9 milhões no período. Produção, entretanto, recuou 5,9%.