Com resultado negativo no acumulado do ano, o segmento de seminovos, aqueles com até 3 anos de uso, foi o que apresentou melhor desempenho em abril com relação a março no mercado de veículos usados. Suas vendas cresceram 17,8% nesse comparativo, de 180,1 mil para 212,2 mil unidades.

O índice é superior ao da média registrada no cômputo geral dos usados, que foi de expansão de 13,3% em abril sobre março. O segmento de veículos com 4 a 8 anos de uso teve alta de 13,1%, para 472,3 mil, e o de 9 a 12 anos expandiu-se em 11,4%, para 222,2 mil. No caso dos mais velhinhos, acima de 13 anos, a evolução foi de 11,7%, para 264,7 mil.

De acordo com dados da Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, foram comercializados no total 1,17 milhão de veículos usados em abril contra volume total de 1,04 milhão de unidades no mês anterior. Na média por dia útil, a alta foi de 7,9%. Os números da Fenauto contemplam todos os tipos de veículos, sendo que as motocicletas respondem por cerca de 20% dos negócios totais.

Apesar dos números positivos de abril, as vendas de usados estão praticamente estagnadas este ano. Foram comercializadas 4,5 milhões de unidades no primeiro quadrimestre deste ano, contra 4,464 milhões no mesmo período de 2018 – inexpressiva alta de 0,8%.

O segmento que mais tem prejudicado uma efetiva recuperação do mercado de usado é o de seminovos. Enquanto os demais cresceram, o dos veículos com até três anos de uso caiu 13,4%, de 888,5 mil unidades no primeiro quadrimestre de 2018 para 769,7 mil este ano.

A Fenauto destaca ainda que no comparativo de abril deste ano com o mesmo mês do ano passado verifica-se um recuo de 1,2% no mercado como um todo e de 13,2% no caso dos seminovos.

“As vendas de usados parecem estar refletindo o estado de espírito manifestado na pesquisa do Índice de Confiança do Consumidor e outros relatórios de diversos agentes do mercado”, comenta Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto. “Continuamos torcendo para que as propostas para o reaquecimento da economia, apresentadas pela nova equipe econômica, sejam aprovadas e implementadas com rapidez para que o mercado possa retomar um ritmo melhor na geração de negócios”.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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