Com operações em dezenas de países, a gigante Bosch se impôs um desafio que, caso superado, será um dos mais importantes marcos na centenária história da empresa alemã e até da indústria mundial. Até o fim de 2020 o conglomerado fundado em Stuttgart, em 1896, pretende atingir a neutralidade absoluta de emissão de carbono em todo o mundo.

A decisão envolve operações em 400 localidades ao redor do globo e fará do grupo que conta com mais de 410 mil funcionários em dezenas de países o primeiro conglomerado industrial a zerar a conta de emissões de carbono mundialmente.

O curtíssimo prazo não parece assustar Volkmar Denner, o confiante e determinado presidente mundial do Grupo Bosch: “Vemos a ação climática como nossa responsabilidade e acreditamos que este é o momento certo de agir. Não estamos começando do zero, mas agora chegou o momento de estabelecer metas absolutas”.

 

Dentre as muitas ações que já estão sendo ou serão encaminhadas para alcançar o objetivo, está a participação mais intensa em programas de compensação de carbono e o aumento de utilização da chamada eletricidade verde, proveniente de fontes renováveis. Além de comprar mais, a própria Bosch quer aumentar sua própria geração de energia renovável gradualmente entre 2020 e 2030.

Mais ainda: nesse mesmo intervalo de tempo, investirá perto de € 1 bilhão para aprimorar a eficiência energética de suas unidades e, consequentemente, reduzir o consumo.

 

As plantas de Nashik e Bidadi, na Índia, por exemplo, terão seus sistemas fotovoltaicos ampliados: a ideia é aumentar em dez vezes a capacidade instalada de energia. A empresa tem definida ainda a disposição de assinar contratos de longo prazo de fornecimento com novos parques eólicos e solares em todo o mundo.

A Indústria 4.0  é outra vertente a ser ainda mais explorada como ferramenta de eficiência operacional em todas as unidades produtivas. O conceito envolve uma plataforma de energia própria e capaz de identificar e controlar o consumo de energia de cada máquina. A Bosch já a implementou em três dezenas de fábricas em vários países.

Até 2030, a empresa espera economizar um adicional de energia em torno de 1,7 terawatts-hora por ano, equivalente a mais de 20% de seu consumo atual.

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A atuação nessas várias frentes, entende o grupo alemão, deve assegurar que suas atividades globais não impactem a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e colabore para o cumprimento do acordo climático de Paris ratificado em 2015. O documento determina que o aquecimento global seja mantido bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a manufatura é responsável por cerca de 32% das emissões globais de dióxido de carbono. Após já ter reduzido em 35% suas emissões desde 2007, a Bosch emite anualmente 3,3 milhões de toneladas métricas de carbono.


 

Fotos: Divulgação/Bosch

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