Ainda na base do conta-gotas, a Volkswagen segue revelando detalhes do Nivus, seu novo carro nacional que terá elevado nível de conteúdo tecnológico, como um sofisticado sistema de infotainment, com market place, monitoramento e alerta de colisão iminente e, pela primeira vez em um compacto nacional, controle de velocidade adaptativo.

Mas a melhor notícia para quem aguarda pelo crossover de entrada é a confirmação de que, apesar da paralisação de suas fábricas como medida de combate à pandemia da Covid-19, a Volkswagen manteve seu plano de lançá-lo até o fim do primeiro semestre.

O  Nivus talvez seja, assim, o último projeto da montadora no Brasil que não terá seu cronograma alterado —  mesmo o início de suas exportações para países da América do Sul foi confirmado para a segunda metade de 2020.

Isso porque Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, admitiu, em entrevista online ao site Automotive Business, que a estratégia de mais longo prazo da empresa,  projetos e investimentos deverão ser reavaliados à luz da nova realidade das economias global, regional e brasileira.

Nivus: início das epxortações ainda em 2020.

Porém, ele já dá como certo atrasos em algumas frentes. A empresa anunciara, por exemplo, sua disposição de investir em modelos eletrificados no mercado brasileiro. Falou em lançar até seis veículos nos próximos cinco anos. “Temos que a reavaliar tudo”, afirmou Di Si, que defende até o reestudo do programa Rota 2030, principalmente no que se refere a prazos.

A Volkswagen está concluindo, este ano, ciclo de investimento de R$ 7 bilhões iniciado em 2017 e que contemplou  o lançamento de duas dezenas de veículos novos ou versões. A adequação das fábricas de São José dos Pinhais, PR, e de São Bernardo do Campo, SP, para receberem a plataforma MQB, base de Polo, Virtus, T-Cross e agora do Nivus,  também consumiu boa parcela da verba.

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Diante desse quadro, eventuais adiamentos de projetos ou investimentos a partir de agora devem afetar particularmente a fábrica de Taubaté, SP, base produtiva do Up!  e dos veteranos Gol e Voyage, três modelos em fim de ciclo.

Há algum tempo a montadora vem elaborando a produção dos sucessores deles, em especial do Gol, principal produto de entrada de segmento da marca, e, por conta disso, o necessário aporte financeiro. Valores, produtos e prazos, porém, ainda eram oficialmente  desconhecidos antes do agravamento da pandemia e da nova realidade econômica, bem mais difícil, vislumbrada por Di Si para os próximos meses.


 

Foto: Divulgação

 

 

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