Se concessionárias de veículos estão reclamando do fluxo dos negócios, o que podem dizer então os revendedores independentes de usados? Com a quase totalidade de mais de 48 mil lojas fechadas por conta das medidas de restrições para combate à Covid-19, o comércio desses veículos sofreu até mais do que o de novos em abril.

Levantamento da Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, entidade que reúne lojistas multimarcas, aponta queda de 83% nas vendas com relação ao mesmo mês do ano passado. Foram negociados somente 199,9 mil automóveis, veículos pesados e motocicletas — contra 1,17 milhão em abril de 2019.

A média diária de negócios fechados ficou em 10 mil unidades em abril. Em março, mesmo com o impacto das primeiras medidas de isolamento social na segunda quinzena,  o índicde foi quatro vrzes maior: 41 mil veículos por dia útil.

O  resultado do mês passado, porém, apenas acentuou o descréscimo já verificado no setor após os três primeiros meses no ano, quando as vendas acumuladas foram 6,9% menores do que em igual período do ano anterior. No acumulado de janeiro a abril de 2020, foram negociados 3,3 milhões de unidades, 25,7% a menos na comparação anual.

“Estamos com lojas sem abrir há 45 dias e as vendas online esbarram na finalização do processo, registro e emplacamento do veículo junto aos Detrans, que estão fechados por todo o país”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, que teme o fechamento definitivo de muitas revendas, caso as rstrições se prolonguem.

O dirigente diz que, em recente correspondência, a entidade sugeriu ao governo federal e a todos os governadores o planejamento de ações para a retomada gradativa das atividades produtivas e do comércio. “Sugerimos a adoção de protocolos de segurança, com uso de máscaras, higienização das lojas, estoque e veículos vendidos, tudo para conter as probabilidades de contágio.”

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Foto: Divulgação

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