Após encerrar o primeiro trimestre com vendas estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, a indústria de implementos rodoviários fechou os primeiros cinco meses de 2020 em forte queda. Isso porque apenas a partir de abril o setor foi atingido de maneira intensa pelas medidas sanitárias contra a pandemia da Covid-19 e que travaram a economia.

As vendas de todos os tipos de implementos recuaram 20,1% até maio, de 46,7 mil para 37,3 mil unidades. O segmento de implementos leves, as chamadas carrocerias sobre chassis, caiu um pouco menos: 18,5%, de 21,1 mil de janeiro a maio de 2019, para 17,2 mil equipamentos este ano.

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Já o mercado de reboques e semirreboques, produtos de maior valor agregado, somou 20,1 mil unidades contra 25,6 mil nos primeiros cinco meses do ano passado, decréscimo de 21,5%.

Graças, sobretudo, ao desempenho do agronegócio nos últimos anos, os implementos pesados têm respondido pela maior parte das vendas. É sobre eles novamente que a indústria de implementos deposita esperanças de colher números negativos menores até dezembro.

“O setor é bastante representativo no faturamento, responsável por aproximadamente um terço de nossas vendas“, enfatiza Norberto Fabris, presidente da Anfir,  Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. Em 2019, foram negociados no mercado interno 120,5 mil implementos, crescimento de quase 34% sobre 2018, sendo 63,5 mil de reboques e semirreboques.

“A  retração da atividade econômica causada pela pandemia não deve ser revertida este ano porque a reativação  não será no mesmo ritmo de sua queda”, acredita Fabris. De acordo com pesquisa da entidade realizada com as empresas associadas, a carteira de pedidos existente antes do isolamento social impediu a paralisação total do setor.


Foto: Divulgação

 

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