Os números da B3 relativos ao financiamento de veículos novos e usados em geral, incluindo leves, pesados e motos, indicam um recuo de 9,7% na concessão de crédito de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2021, o que representa 400 mil unidades a menos negociadas a prazo.

Foram 4 milhões de financiamentos em 2022, dos quais 2,8 milhões de veículos usados e 1,2 milhão de novos, contra 4,4 milhões em 2021, sendo 3,1 milhões e 1,3 milhão, respectivamente.

Como vêm alertando os executivos da Anfavea e Fenabrave, o consumidor vem tendo cada vez mais dificuldade em contratar financiamentos, seja pelos juros altos, seja pela inadimplência acima de 5% no setor automotivo que leva as instituições financeiras a serem mais restritivas.

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Em setembro, particulamente, a B3 revela alta na média de financiamentos por dia útil em relação a agosto, que teve dois dias úteis a mais (23 contra 21). Nominalmente, foram 47 mil vendas financiadas de veículos , queda de 4,3% sobre o mês anterior e de 5,7% em relação a setembro de 2021. No segmento de leves, os índices foram ainda maiores, de, respetivamente, 5,1% e 9,4%.

Já o financiamento de veículos pesados teve um recuo de 2,4% na comparação com agosto e queda de 5,9% no comparativo interanual. O segmento de motos, com 102 mil unidades, registrou retração de 2,1% comparativamente a agosto, com 102 mil unidades, mas crescimento de 8,7% sobre setembro do ano passado.

“Até o momento, agosto foi o mês com o maior volume de veículos financiados no ano, com 492 mil unidades e crescimento em todos os segmentos”, comenta Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3. “Porém, o mês teve dois dias úteis a mais do que setembro, o que acabou impactando os números gerais”.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.


Foto: Pixabay

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