ARenault fechou acordo com seus funcionários e retomará a produção nas quatro fábricas do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, nesta quarta-feira, 12, após enfrentar greve de três semanas deflagrada em 21 de julho por causa da demissão de 747 trabalhadores.

Quem aderir ao PDV receberá seis salários extras, além de ter garantidos o convênio médico até julho de 2021, inclusive para dependentes, e o vale-mercado até o final do ano.

Os 747 trabalhadores demitidos e que  posteriormente foram reintegrados por decisão judicial da 1ª instância poderão aderir ao PDV ou entrar em sistema de lay-off por cinco meses, período durante o qual receberão pelo menos 85% do salário. Parte desse valor será bancada pelo governo com base na legislação que visa garantir emprego neste período de pandemia.

A montadora volta a operar em dois turnos, suspendendo o terceiro por causa da crise de mercado provocada pela Covid-19. O acordo, que vale por 4 anos – de setembro de 2020 a agosto de 2024 -, prevê redução de R$ 1 mil na primeira parcela do PPR, Programa de Participação de Resultados. Com isso, os trabalhadores receberão R$ 12 mil ao invés dos R$ 13 mil antes acertados.

A aprovação da proposta feita pela Renault a partir de negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba aconteceu via votação on-line, encerrada nesta terça-feira, 11, às 14hs. Antes de efetuar as 747 demissões, a montadora chegou a propor, no dia 15 de julho, a utilização de medidas de flexibilização trabalhista sem redução de salário, mas acabou não havendo acordo na ocasião.

“Sempre estivemos abertos ao diálogo”, destaca Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil. “As bases do acordo coletivo aprovado respondem aos desafios de adequação de estrutura e de competitividade que a empresa já vinha buscando, com soluções como o PDV, flexibilidades, além de todos os aspectos de competitividade definidos até agosto de 2024.”,

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A montadora esclarece que caso o PDV atinja a meta de demissões prevista pela empresa com adesões de colaboradores que não estavam entre os 747 colaboradores anteriormente desligados, parte deles pode retomar à produção de acordo com critérios da empresa. A Renault também informa que teve ganho de causa na 2ª instância judicial com relação às 747 demissões, mas agora prevale o acordo aprovado pelos metalúrgicos na votação online.


Foto: Divulgação/Renault

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