Lugar ocupado por longo tempo pela Ford no Brasil, o quarto lugar no ranking das marcas mais vendidas internamente vem sendo altamente disputadonos últimos dois anos por marcas que chegaram por aqui depois das quatro veteranas, rol que inclui, além da empresa estadunidense, também General Motors, Volkswagen e Fiat.

O vaivém nesse ranking envolve este ano todas as posições, tanto é que por dois meses – julho e agosto – a Volkswagen tirou a liderança que a GM vinha mantendo nos últimos anos e em setembro, particulamente, a Fiat galgou o alto do posto por marca no País.

No balanço de janeiro a setembro, a GM ainda aparece em primeiro (223 mil licenciamentos), seguida da VW (221,4 mil) e Fiat (204,3 mil). No ranking da Fenabrave há uma distorção nos números deste mês, com a incorporação de comerciais  leves vendidos pela VWCO como sendo da Volkswagen do Brasil, o que coloca a marca alemã na liderança do acumulado do ano. Mas a própria montadora chemou a atenção para o erro e divulgou os números corretos de suas vendas.

Com relação as posições compreendidas entre o quarto e sétimo lugares do ranking das marcas mais vendidas por aqui, a disputa já vem acirrada há mais tempo. No cômputo das vendas dos primeiros nove meses deste ano, a Hyundai – que no mesmo período do ano passado estava em sexto lugar – consolidou sua posição entre as top 4.

A marca coreana vendeu 111,1 mil unidades, com 8,6% de participação. Na sequência vieram a Toyota, com 93,8 mil emplacamentos e fatia de 7,22%, e Ford, com, respectivamente, 93,6 mil unidades e 7,21%. A francesa Renault, que já ocupou a quarta e quinta colocações no passado, é a sétima no acumulado deste ano – 90,2 mil licenciamentos e participação de quase 7%.

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Diante de números ainda apertados, a Hyundai comemora a consolidação no quarto lugar no balanço até setembro. “Em momentos de crise, a marca cresce”, lembra Angel Martinez, vice-presidente comercial da montadora no Brasil, destacando que enquanto o mercado de veículos caiu 33% no ano, a Hyundai teve retração de 8%, com consequente ganho de participação.

“Já no fechamento do primeiro semestre passamos a figurar entre as quatro primeiras. Com mais um trimestre transcorrido, aumentamos ainda mais a distância com o quinto colocado”, comenta Martinez. “Como priorizamos a venda ao consumidor final, acabamos crescendo em participação de mercado quando as vendas corporativas e para empresas desaquecem, como acontece neste momento da pandemia do novo coronavírus”.

Do total vendido pela Hyundai no ano, 94% foram dos modelos HB20 e Creta, fabricados no País (104.062 unidades). A linha HB20 atingiu 73,4 mil unidades, sendo 80% destinadas ao consumidor final. Para o SUV compacto Creta, no mesmo período, foram negociadas 30,5 unidades, com parcela ainda maior, de 95%, destinada ao varejo.

“O cliente tornou-se mais racional, considerando o retorno do investimento, a garantia mais longa, a qualidade e a tecnologia embarcada. Também passou a procurar as melhores ferramentas para a compra online, sem precisar sair de casa. Tivemos êxito em consolidar a preferência desse cliente pessoa física ao longo dos meses e mantivemos nossas vendas saudáveis. Isso também nos proporciona prosseguir com uma parcela estratégica das vendas dedicada para as demandas de empresas e locadoras”, explica Martinez.


Foto: Divulgação/Hyundai

Alzira Rodrigues
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