OSindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba denunciou nesta terça-feira, 6, que ao demitir mais de 100 trabalhadores na véspera a Renault teria rompido o acordo de manutenção de emprego assinado entre as partes recentemente. Na mesma data, a montadora divulgou nota garantindo que não houve descumprimento do acordo firmado com a entidade:

“Com o fim da greve, houve a reintegração dos colaboradores desligados anteriormente. Ficou acordado, então, que aqueles que não quisessem aderir ao PDV deveriam devolver à Renault as verbas rescisórias que já haviam sido pagas até 30 de setembro Conforme previsto no acordo firmado, aqueles que não devolveram o valor devido até a data acordada tiveram seus contratos cancelados”, explica a Renault.

Apesar da argumentação da fabricante de São José dos Pinhais, PR, o sindicato informou em assembleia realizada na tarde desta terça-feira que vai notificar a empresa e a Justiça para exigir o cumprimento do acordo.

LEIA MAIS

Com abertura de PDV, Renault retoma produção nesta quarta-feira

Justiça determina anular as 747 demissões na Renault

“Numa atitude arbitrária, a Renault descumpriu o acordo que ela mesmo assinou e demitiu vários trabalhadores”, comentou Sérgio Butka, presidente da entidade sindical. “Ela não levou em conta que no acordo estabelecido, nós fizemos várias concessões e aceitamos até algumas flexibilizações, tudo com a intenção de que a empresa mantivesse todos os empregos. A empresa aceitou e agora não cumpre”.

Segundo o sindicalista, ficou decidido na assembleia que se não houver o cumprimento do acordo os trabalhadores vão se mobilizar para defender seus empregos. “Voltamos à estaca zero”, frisou Butka, lembrando a greve de 21 dias que foi deflagrada após a demissão de 747 trabalhadores, que só terminou após negociações que geraram o referido acordo, aprovado dia 11 de agosto.

O sindicato destaca que, no acordo assinado entre as partes, ficou estipulado a manutenção dos empregos com a criação de um lay-off (suspenção do contrato de trabalho com garantia de 85% do salário) e um PDV, Plano de Demissão Voluntária (PDV), além de serem definidos os reajustes salarial e as PLRs, Participação nos Lucros e Resultados, até 2023. A Renault emprega perto de 7,3 mil trabalhadores.


Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba

ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!