As exportações da indústria de veículos nos três primeiros meses do ano superaram 95,7 mil unidades, volume que representou crescimento de 7,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020, de 89 mil. Conforme revela dados da Anfavea foi o melhor resultado porcentual obtido pelo setor no período ao considerar queda de 5,4% nos licenciamentos totais, para 527,9 mil unidades, e alta de 2% na produção, que registrou 597,7 mil veículos.

Apenas no mês passado, mercados externos receberam 36,7 mil unidades de fabricação nacional, volume 19,5% superior ao registrado em março de 2020, período no qual foram exportados 30,7 mil veículos. Na comparação com fevereiro, quando somou 33 mil unidades embarcadas, a alta foi de 11,2%.

“Apesar de toda a dificuldade, seja ela logística com o fornecimento de peças ou mesmo econômicas com o aumento de custos, o resultado mostra o esforço das empresas em manter o nível das exportações”, resumiu Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço do primeiro trimestre do ano, na quarta-feira, 7.

Com o mundo em pandemia, também os embarques de veículos de trabalho para apoiar atividades essenciais apresentaram as maiores demandas. Enquanto as exportações de automóveis cresceram 3,1%, para 76 mil unidades, as vendas de comerciais leves aos mercados externos acumularam 12,9 mil unidades embarcadas, crescimento de 19,6% sobre o volume do segmento exportado há um ano, de 10,8 mil unidades.

Também caminhões registraram forte alta na demanda do exterior. De janeiro a fevereiro as remessas alcançaram 5,2 mil unidades, um avanço de 91,2% na comparação com trimestre de 2020, quando as exportações de veículos pesados de carga acumularam 2,7 mil caminhões.

Se somadas as exportações de comerciais leves e caminhões do primeiro trimestre, os segmentos participaram com 19% dos embarques totais do período, 4 pontos porcentuais a mais em relação à fatia de um ano atrás. Foram enviados com 18,2 mil veículos, um volume 34% ao superior ao contabilizado nos três primeiros meses do ano passado, quando registrou 13,5 mil unidades.

A exemplo do que ocorre no mundo, a retração no segmento de ônibus também persiste nos mercados compradores da indústria brasileira. Somente 845 chassis embarcaram no primeiro trimestre, recuo de 16,3% em relação aos mesmos três primeiros meses de 2020. Apenas em março, seguiram para fora do País 372 unidades, alta de 21,2% em relação há um ano.

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Foto: VW/Divulgação

Décio Costa
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