As vendas de automóveis da Europa sinalizam uma deterioração em contraste à recuperação que aponta a partir do segundo bimestre do ano. O mercado encerrou agosto carregando dois meses de quedas consecutivas, de 24%, em julho, e de 18%, em agosto.

Dados da Acea mostram que no mês passado o consumidor europeu absorveu 724,1 mil automóveis ante 884,5 mil unidades registradas no mesmo período do ano passado. Os volumes somam as vendas dos mercados da União Europeia, Reino Unido e do bloco da EFTA, Associação Europeia de Comércio Livre, (Suíça, Liechtenstein, Noruega e Islândia).

De acordo com analistas ouvidos pelas agências de notícias internacionais, a falta de semicondutores nas linhas de montagem reduz a oferta de produtos no varejo.

“Embora a pandemia ainda não tenha acabado, o maior desafio que a indústria enfrenta agora é a escassez de chips automotivos”, reforça relatório da consultoria LMC Automotive. “Apesar da melhora do cenário econômico na região, a recuperação agora está sendo contida.”

Com o volume das vendas de agosto, o mercado europeu somou 8,18 milhões de automóveis nos primeiros oito meses, alta 12,7% sobre o acumulado de 7,26 milhões de unidades anotadas um ano antes.

Segundo análise da Acea, ainda que tenha apresentado um desempenho fraco nos últimos meses, os crescimentos registrados no início preservaram o resultado em terreno positivo.

Dos três maiores vendedores de carros na Europa, o Grupo Volkswagen se mantém na liderança com 26,4% das vendas no acumulado até agosto. Foram negociados 2,15 milhões de automóveis, um crescimento de 14,5% sobre as vendas do mesmo período do ano passado.

A vice-liderança segue com Stellantis. As 1,68 milhão de unidades vendidas representaram alta de 14,8% e participação de 20,6% nas vendas totais da região. No terceiro lugar do pódio, o Grupo Renault encerrou o acumulado do ano com fatia de 8,7% ao contabilizar 711,5 mil carros vendidos, o que correspondeu a uma queda de 5,3%.

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Foto: Acea/Divulgação

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