Diferença para a líder Mercedes-Benz em vendas é de meio ponto porcentual apenas
A divisão de caminhões da Volkswagen no Brasil foi criada em 1980, com a aquisição das operações da Chrysler em São Bernardo do Campo, SP. Reza a lenda que a produção só vigorou dali por diante por mera falta de tempo e interesse do board da montadora de discutir se deveria ou não interrompê-la já em seus primeiros anos.
Sorte! Verdadeira ou não a história do, digamos, desleixo dos dirigentes, passados 40 anos a atual Volkswagen Caminhões e Ônibus é um dos grandes acertos do grupo alemão no País. E muito graças à reviravolta empreendida na metade da década seguinte, quando, mais do que manter a fabricação de veículos, inclusive da então recém-iniciada linha de ônibus, decidiu ampliá-la e, em 1996, há exatos 25 anos, inaugurava a fábrica de Resende, RJ.
Concebida sob o inédito conceito de consórcio modular — modelo produtivo pelo qual oito fornecedores são responsáveis pela montagem — , a planta de Resende consumiu perto de US$ 250 milhões inicias. Mas desde então, assegura a montadora, os investimentos na sua única unidade produtiva na América do Sul já quintuplicaram. Os mais recentes permitiram o início da produção, neste ano, do e-Delivery, primeiro e ainda único caminhão elétrico desenvolvido e produzido no País.
Dos primeiros caminhões 11.130 e o 13.130, apresentados em 1981 até hoje, Resiende exibe números robustos de produção tanto para o mercado interno quanto para a exportação. Em outubro de 2020, saiu da linha de montagem do sul-fluminense o veículo número 1 milhão.
A partir deste ano, a empresa encaminha novo ciclo de investimento de R$ 2 bilhões que se encerrará em 2025. Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, priorizará recursos para a chamada mobilidade sustentável, como veículos a propulsão elétrica, digitalização e conectividade.
O ciclo anterior englobou de R$ 1,5 bilhão em cinco anos e, além de modernização da linha de montagerm, contemplou renovação e ampliação do portfólio, como o lançamento dos pesados Meteor, e o desenvolvimento e-Delivery, que começou a chegar às ruas nas últimas semanas.
Implantada em área de 1 milhão de metros quadrados e com cerca de 4,5 mil funcionários, Resende chega ao seu primeiro quarto de século com uma diversificada oferta de produtos, inclusive sob a marca MAN. A linha de caminhões tem opções que começam em 3,5 e vão até 125 toneladas de peso bruto total. Para o transporte de passageiros são fabricados ônibus rural, urbano, fretamento, rodoviário e escolar.
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Os esforços e recursos em produtos e qualidade têm surtido efeitos positivos principalmente na ponta dos negócios de caminhões. De janeiro a outubro, modelos Volkswagen e MANN superaram 30,7 mil licenciamentos, 29,3% de participação, e brigam muitíssimo de perto pela liderança do mercado total. A líder Mercedes-Benz contabiliza 31,2 mil unidades, apenas meio ponto porcentual à frente.
A diferença entre as duas marcas vem caindo mês a mês desde o primeiro bimestre, quando a Mercedes-Benz abriu 1,3 mil unidades de vantagem. Faltando os números de novembro e dezembro, está aberta ainda a possibilidade de a VWCO retornar à liderança do segmento em 2021.
A última vez que a marca apareceu no topo do ranking foi há seis anos. Em 2016, a Mercedes-Benz interrompeu nada menos do que uma hegemonia de 13 anos da concorrente.
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