A Volvo inicia o ano com plano renovado de investimento de R$ 1,5 bilhão para o período de 2022-2025. O aporte dá continuidade ao ciclo de R$ 1 bilhão iniciado em 2020, praticamente concluído.

O recurso será destinado ao desenvolvimento de produtos e serviços, além de avanços em processos industriais, digitalização e rede de concessionárias.

Segundo Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina, de imediato o aporte finalizará o desenvolvimento dos motores para cumprir as novas restrições de emissão da fase 8 do Proconve, equivalente ao Euro 6, que vigorará no País partir de janeiro de 2023.

“A indústria irá passar por uma grande transformação com veículos eletrificados e autônomos, digitalização e conectividade. Estamos nos preparando para esse desafio”, resume Lirmann.

O novo programa de investimento ocorre logo após a fabricante apurar os melhores resultados de sua história no País. A Volvo fechou o ano passado com um crescimento de 46% nas vendas de caminhões com 21,8 mil unidades entregues.

Também encerrou o exercício na liderança da categoria de pesados com 27% de participação, além de ser da marca o caminhão mais vendido de todo o mercado. No ano passado, o FH 540 somou mais de 8,9 mil emplacamentos quase 7% de todas as vendas de caminhões.

“Estamos felizes com os resultados, mais não satisfeitos”, avalia Lirmann em referência aos desafios provocados pelo desabastecimento de componentes na produção. “É assunto mais discutido no dia a dia e não existe uma solução de curto prazo.”

Apesar da dificuldade, o dirigente da Volvo aposta em um crescimento de até 10% no mercado de caminhões acima de 16 toneladas, segmento no qual a fabricante atua. No ano passado, as vendas de semipesados e pesados somou 98,3 mil unidades, ou seja, a fabricante trabalha com uma estimativa de emplacamentos acima de 100 mil unidades em 2022.

Lirmann, no entanto, chama atenção para pontos de tensão que deverão fazer parte do ambiente em 2022, como a inflação, a falta de perspectiva clara para o crescimento econômico do País e o aumento da Selic, que “coloca um freio na economia e restringe o financiamento”.

Devido ao impacto da pandemia de maneira mais acentuada, a divisão de ônibus da companhia anotou queda 17% nas vendas de chassi no ano passado, com 386 unidades negociadas, mas destaca bons resultados nas exportações. Dos 1,08 mil chassis entregues em 2021, 721 unidades seguiram para mercados da América Latina e África, ou seja, 66% dos negócios para o transporte de passageiros foram para fora do País.

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Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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