A Scania e a Morada Logistica, de Americana (SP), iniciam projeto que deverá estabelecer marco histórico no setor de transporte de carga ao colocar em operação os primeiros caminhões R 410 6×2 movidos a gás natural liquefeito (GNL) do País.

A empresa adquiriu cinco veículos com a solução. As entregas estão previstas para ao longo de 2022, mas ao menos uma unidade começa a operar ainda este mês em rota no interior de São Paulo.

“É um projeto de longo prazo que será desenvolvido com a operação de clientes e suporte da Scania”, conta André Leopoldo e Silva, diretor da Morada Logística, empresa que também foi a parceira da fabricante com a as primeiras demonstrações de caminhões movidos a gás natural comprimido (GNC) em 2019, hoje, com uma frota de 25 modelos do tipo.

Segundo avalia Silvio Munhoz, diretor de vendas da Scania, a alternativa GNL não só aumenta o escopo da oferta da fabricante, mas também encaminha a viabilidade do uso do combustível para operações rodoviárias de longas distâncias. “Enquanto o caminhão a gás comprimido tem uma autonomia entre 400 e 500 quilômetros, o gás liquefeito permite rodar até 1.200 quilômetros.”

Para as atividades, a Morada ainda irá definir rotas, mas já tem um dos desafios superado com ponto de abastecimento próprio instalado internamente. “É necessário para viabilizar os testes, mesmo porque a economia está no combustível, quanto mais o caminhão rodar, mais viável ele fica. Mas também investir em veículos menos poluentes está entre as nossas apostas de negócio”, resume o diretor da empresa logística.

Com os cinco caminhões, a Scania reforça o compromisso com a busca por um transporte mais sustentável. Desde que começou a oferta de caminhões movidos a gás, há três anos, a fabricante conta mais 600 unidades vendidas. “A metade já está em operação, o restante seguirá com entregas em 2022”, conta Munhoz.

Se ponderar o volume já negociado nas entregas totais efetivas da marca no ano passado, de 15,6 mil unidades, conforme dados da Anfavea, os caminhões a gás representariam quase 4% das vendas da fabricante.

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Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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