A transição da linha 2021 para a linha 2022 ainda não fez bem para o desempenho de vendas do Renegade. Ao contrário. Se fosse uma escola de samba em fevereiro, os juízes diriam que a Jeep deixou muito a desejar no quesito evolução com seu SUV compacto que acaba de ganhar motor 1.3 turbo flex e discretas mudanças estéticas.

Sempre na primeira ou segunda colocação do segmento desde seu lançamento, em 2016 , o Renegade despencou no ranking de vendas no mês passado. Foram licenciadas apenas 2.229 unidades do modelo, menos da metade do que em janeiro e que o deixou na modesta 6ª colocação.

O desempenho comercial do Renegade no primeiro bimestre também não merece comemoração por parte da marca. Com 7.227 emplacamentos acumulados, o SUV aparece agora na 4ª posição do segmento, com 8% de participação — contra 11% na média de 2021. À frente estão o irmão maior Compass, com 9,4 mil unidades, o Volkswagen T-Cross, quase 8,9 mil unidades negociadas, e Hyundai Creta, que superou 8,3 mil licenciamentos.

O recuo de vendas do Renegade nos primeiros dois meses de 2022 é de 44% sobre igual período de 2021, enquanto o segmento encolheu somente 4,5%, para 90,3 mil unidades. Na mesma comparação, as vendas do Compass mantiveram-se praticamente estáveis e as do T-Cross caíram 17,5%, ainda assim bem menos do que as do Renegade.

O T-Cross, aliás, surpreendeu positivamente em fevereiro. Enquanto a própria Volkswagen amargou queda de participação e no ranking das marcas mais vendidas, para a quarta posição, o modelo liderou o segmento de SUVs com mais de 5,1 mil emplacamentos e superou Compass (4,5 mil) e Creta (4,2 mil). Na quarta colocação apareceu o Toyota Corolla Cross (3,7 mil), seguido pelo Chevrolet Tracker (3,4 mil).

O Pulse, primeira aposta nacional da Fiat no segmento e maior novidade da marca em 2021, teve 1,8 mil licenciamentos no mês passado e 5 mil no acumulado dos dois primeiros meses de 2022. É, por enquanto, apenas o 7º SUV mais vendido no mercado interno.

Herlander Zola, vice-presidente da Fiat para América do Sul , aponta a irregularidade no fornecimento de peças e componentes como um fator que tem limitado números mais expressivos de vendas do Pulse. “A disponibilidade de produção ainda afeta muito o emplacamento do modelo, porém sua performance continua muito favorável”, pondera o executivo.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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