A Iveco irá complementar o portfólio de produtos no Brasil com a oferta de caminhão pesado movido a gás. A informação foi confirmada por Márcio Querichelli, responsável pela operação da marca na América do Sul, no #ABX2022, evento dedicado ao setor ao setor automotivo, onde também o Hi-Way 600S46T GNG foi apresentado pela primeira vez no País.

O projeto recebe aporte de R$ 60 milhões, parte do ciclo de R$ 1 bilhão anunciado pela fabricante para até 2025 no início do ano. A jornada começa com entregas a 20 clientes, com os quais passam a atuar em operações reais em diferentes aplicações. A produção na fábrica de Sete Lagoas fica para o segundo semestre, “muito provavelmente em agosto”, projeta Querichelli.

Com a alternativa a gás, a Iveco ambiciona clientes capazes de obter sinergias no ciclo do negócio, como a produção do próprio combustível. Estudos na mesa de Querichelli mostram potencial de produção de biometano superior a 75 milhões de m³/dia a partir dos resíduos do setor sucroalcooleiro e da produção agrícola.

“A conta é de um TCO positivo de US$ 10 mil em cinco anos. Com o biometano fica mais favorável, porque com a produção própria, se reduz o custo do combustível”, argumenta o presidente da Iveco.

A promessa é de um caminhão que proporcionará de 500 km a 600 km de autonomia. O modelo, com motor FPT de 460 cv e 2.000 Nm de torque de 1.100 a 1.600 rpm, sairá de fábrica com reservatório para 240 m³ de gás e três conectores de abastecimento.

Dois deles aproveitam a rede de dois mil postos já instalada no País, porém, mais adequada a veículos leves. A duplicidade de válvulas, no entanto, reduz de 40 para 20 minutos o tempo de abastecimento. O terceiro, próprio para caminhões, tem capacidade de encher os cilindros em apenas 8 minutos. É um argumento para o futuro, pois bombas de gás mais apropriadas aos caminhões ainda são raras.

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Foto: Décio Costa

Décio Costa
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