No mercado de veículos usados, os segmentos das duas pontas – os seminovos e os chamados velhinhos – foram os menos afetados pela retração ano passado. As vendas totais de usados recuaram 12%, de 15,1 milhões de unidades em 2021 para 13,2 milhões em 2022.

No mesmo comparativo, o segmento dos veículos com até três anos de uso baixou 7%, de 2.293.548 para 2.132.801 unidades no mesmo comparativo, enquanto os com idade acima de 13 anos tiveram volume reduzido em apenas 3,6%, de 2.293.548 para 2.132.801 unidades.

Já o segmento formado por veículos com quatro a oito anos de fabricação teve recuo de 22,1%, caindo de 4,5 milhões de unidades para 3,5 milhões no mesmo comparativo, enquanto o de usados “maduros”, de 9 a 12 anos, baixou 13,1%, de 3,7 milhões para 3,2 milhões.

Os dados foram divulgados nesta semana pela Fenauto, a entidade nacional que representa os lojistas independentes do setor. Segundo a entidade, o mês de dezembro teve uma ótima reação, com um aumento de 19,2% em relação a novembro (1.316.246 contra 1.103.819) e de 9,5% sobre o mesmo mês de 2021.

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O mercado de usados foi mais afetado em 2022 do que o de veículos novos, que teve retração de apenas 1,2%. O aumento dos preços no setor acima da inflação contribuiu para atrair consumidores que não tiberam acesso ao 0 km para o segmento de seminovos.

Apesar do total de vendas em 2022 ter ficado 12% abaixo do registrado em 2021, o presidente da entidade disse estar satisfeito com o desempenho do setor.

“O volume total está dentro das nossas previsões”, comentou. “Diante das incertezas e instabilidades que a economia sofreu com a guerra na Ucrânia, do aumento dos juros, da maior restrição ao crédito e do cenário político nas eleições presidenciais podemos considerar bom o resultado de 2022”.

Sobre 2023, o dirigente avalia que a partir das primeiras ações do novo governo a economia voltará a se equilibrar e, com isso, “o mercado de veículos seminovos e usados vai voltar a apresentar resultados positivos”.

O levantamento da Fenauto contempla automóveis e comerciais leves, que responderam no ano passado por vendas próximas de 10 milhões de unidades, veículos pesados (330,6 mil), motos (quase 3 milhões) e outros (211 mil).


 

Alzira Rodrigues
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