O crescimento de quase 12% no número de emplacamentos de janeiro deste ano com relação ao mesmo mês  de 2022, com 130,5 mil e 116,6 mil automóveis e comerciais leves comercializados, respectivamente, não chega a representar uma retomada do mercado brasileiro.

Ao divulgar os números nesta quinta-feira, 2, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., explicou que em janeiro de 2022 os estoques estavam extremamente baixos em decorrência da falta de semicondutores que impedia as montadoras de terem produção plena.

“Importante lembrar que no ano passado tivemos o pior janeiro desde 2017. Além dos estoques reduzidos, a variante Ômicron da Covid-19 causava grande preocupação na população”, comentou o empresário, garantindo que com excessão de 2022, os números do mês passado estão em linha com os meses de janeiro dos últimos cinco anos.

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Com relação à queda de 35,5% no comparativo com dezembro, quando foram licenciados mais de 202 mil automóveis e comerciais leves, Andreta destaca ser esse movimento totalmente sazonal. “Todo início de ano é marcado por despesas com IPVA, material escolar e IPTU, o que naturalmente gera uma retração na demanda de bens como os automóveis”.

Andreta reforça projeção divulgada há um mês pela entidade quanto à estabilidade nas vendas este ano. “Como o primeiro semestre do ano passado foi marcado por um descompasso entre produção e demanda, é natural que nestes primeiros meses o setor registre crescimento”.

O mesmo, segundo o presidente da Fenabrave, não deve ocorrer no segundo semestre, quando a tendência será de queda no comparativo interanual, caminhando assim para a estabilidade.


Foto: Divulgação/Fenabrave

Alzira Rodrigues
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