Responsável por quatro de cada dez automóveis de passeios vendidos no Brasil, o segmento de utilitários esportivos tem sido dominado, com facilidade, pela Jeep desde que Renagade e Compass começaram a ser produzidos aqui em meados da década passada. Essa hegemonia, porém, começa a correr sério risco de acabar.

Em janeiro, pela primeira vez em muitos meses, a marca norte-americana pertencente à Stellantis não apareceu à frente entre os SUVs. Considerando seus dois principais modelos mais o terceiro nacional, o Commander, a Jeep vendeu exatos 8.477 veículos,  18% do segmento. Por pouco, mas perdeu para a Volkswagen.

Também com três modelos em oferta, a marca alemã acumulou 8.738 emplacamentos, equivalentes a 18,5% dos mais de 47,1 mil utilitários esportivos emplacados no mês passado. O VW mais vendido foi o T-Cross (4,4 mil), terceiro lugar no segmento, atrás do líder Chevrolet Tracker (5,3 mil) e Hyundai Creta (5 mil).

Ex-líderes entre os SUVs em 2021, o Compass foi apenas o 4º colocado em janeiro, com 4,1 mil licenciamentos, enquanto o Renegade apareceu na 6ª posição, com 3.049 unidades. A Stellantis já atribuiu o tímido desempenho do Renegade nos últimos meses às dificuldades de equalização da produção em Goiana, PE, devido à falta de componentes.

Mas parte das dificuldades pode ser atribuída também ao “fogo amigo”. A Fiat, marca-irmã na Stellantis, já apareceu na terceira posição em janeiro, com 12,1%. E atacando com modelos compactos, justamente a faixa do Renegade, que passou do primeiro lugar em 2021 para a quinta posição no ano passado.

O primeiro SUV Fiat da história, o Pulse, foi lançado em 2021 e o segundo, o Fastback, no último trimestre do ano passado. A participação da marca salto de 1% há dois anos para 8,7% em 2022, quando encerrou já como a quinta marca mais vendida do segmento.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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