A 27ª edição da Intermodal South America recebeu mais de 40 mil visitantes no São Paulo Expo, na capital paulista, batendo recorde de público nos três dias de mostra, realizada de 28 de fevereiro a 2 de maço. O encontro mostrou novidades e tendências de mercado da cadeia logística, de suprimentos e de cargas.

“Prevíamos que esta seria a maior e melhor Intermodal de todos os tempos e isto efetivamente ocorreu”, comenta o diretor do portfólio de Infraestrutura da Informa Markets Brasil, promotora e organizadora do evento, Hermano Pinto Jr. “Tivemos um grupo de empresas expositoras representantes de todo o ecossistema da logística, integradas em um ambiente de intenso networking. Foram três dias de evento, mas que reverberam pelos próximos anos em novos negócios e parcerias”.

Na sua avaliação, a edição de 2023 é um divisor de águas para o setor: “A mostra deste ano coincide com um momento de grande efervescência de toda a cadeia de suprimentos, produção e distribuição dos mais variados setores da economia. Agora, temos o desafio de entregar um evento ainda melhor no ano que vem”.

Os organizadores da Intemodal lembram que o setor logístico provou seu valor durante a pandemia, quando contribuiu de forma decisiva para que todos superassem os desafios e garantissem o abastecimento mundial. Agora, passada a crise sanitária, o mercado apresenta tendência de crescimento frente às diversas possibilidades de operação e inovação. Dentre as tecnologias que devem impulsionar a logística, destaque para automação, inteligência artificial e monitoramento de dados.

No terceiro e último dia do evento, Bart De Muynck, Chief Industry Officer da Project 44, empresa especializada em projetos e consultoria de tecnologia para empresas de supply chain, foi o responsável pela palestra magna, falando sobre como melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos através da tecnologia. O painel foi comandado por Pedro Moreira, presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog).

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“Sempre me perguntam quando voltaremos ao normal e minha reflexão é que essa esperada estabilidade não irá acontecer”, destaco o palestrista. “Isso porque estamos diariamente expostos a conflitos geopolíticos, problemas socioeconômicos, desastres naturais, doenças, entre outros. É preciso nos adaptarmos e a tecnologia é uma aliada para isso”, explicou De Muynck.

Ele apontou a necessidade de inovação para aprimorar o segmento por meio do uso de recursos como inteligência artificial, machine learning, automação, IoT, Big Data, mas ressaltou que os dados são os insumos mais valiosos das empresas que querem melhorar o desempenho da cadeia de supply chain. “Os dados são a chave do sucesso. É por intermédio de minuciosas análises que conseguimos obter respostas que nos ajudem na tomada de decisão. Os dados recebidos e monitorados em tempo real são ainda mais importantes”, conclui o especialista.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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