A Volkswagen encerrou o exercício do ano passado com aumentos de receita e lucro, apesar de ter anotado menos vendas globais. No período, a marca entregou 4,6 milhões de unidades, volume 6,8% inferior ao registrado em 2021, de 4,9 milhões.

As vendas geraram receita de € 78 bilhões, 8,7% acima do faturamento obtido no ano passado (€ 68 bilhões). O desempenho resultou em lucro operacional antes dos itens especiais de € 2,6 bilhões, com retorno de 3,6%, enquanto no balanço apresentado em 2021, a marca apurou € 2,2 bilhões e 3,2%, respectivamente.

Segundo relatório da companhia, o ano passado foi desafiador em virtude das condições econômicas globais e das incertezas no âmbito geopolítico. As restrições de fornecimento na cadeia de suprimento também se mostraram como mais outro fator de impacto, especialmente nos volumes de entrega.

“O último ano fiscal foi marcado por enormes incertezas geopolíticas, pelo grande aumento nos preços das comodities e energia, interrupções nas cadeias de suprimento, assim como o impacto negativo da pandemia na China”, enfatizou Patrik Andreas Mayer, CFO da Volkswagen, durante apresentação dos resultados da marca, na terça-feira,14. “Nossas medidas para reduzir custos e aumentar o lucro tiveram impacto, levando a um resultado robusto considerando o ambiente desafiador.”

A companhia destacou a América do Norte e do Sul como regiões que contribuíram de maneira efetiva nos resultados e com grande potencial de crescimento, sustentada por portfólio adequado e produção localizada.

A empresa espera dobrar a participação nos Estados Unidos e América do Norte para ao menos 5% até 2030. Para isso prepara investimento de € 5 bilhões até 2027 em eletrificação e digitalização, enquanto também destinará € 1 bilhão para a América do Sul, até 2026, com foco em aumento de participação e início de jornada com modelos elétricos ID, já em testes na região.

“No ano passado, conduzimos a Volkswagen com sucesso através de águas turbulentas na área operacional, enquanto ao mesmo tempo fizemos nosso dever de casa em nível estratégico. A empresa está bem-posicionada para a década de transformação e estamos implementando nossa estratégia de forma rápida e consistente”, resumiu Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen.

No negócio de carros elétricos, a Volkswagen registrou aumento de nas vendas de 23,6%, para 330 mil unidades, mas entende que precisa de mais. A empresa estima que até 2030, de cada dez automóveis vendidos na Europa, oito serão movidos a bateria.

Diante dessa perspectiva, a marca colocará mais velocidade na oferta de mobilidade elétrica com lançamento de dez elétricos em três anos, além do ID.2all, conceito que originará modelo compacto elétrico com preço mais acessível. A pretensão é de ofertar baixo de € 25 mil.

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Fotos: Volkswagen/Divulgação

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