Com plano em curso de R$ 7 bilhões para o período 2022/2026, a Volkswagen América do Sul já debate o que virá pela frente e os investimentos a serem feitos de 2027 a 2030. Reuniões nesse sentido fazem parte da visita ao Brasil do CEO global da marca, Thomas Schäfer, que também participa das comemorações de 70 anos da empresa no País em momento no qual a montadora comemora o quarto ano seguido de lucros nas operações locais.

Em entrevista a um grupo de jornalistas antes de festa promovida no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista, que reuniu mais de 5 mil pessoas na noite de segunda-feira, 6, Schäfer abordou o tema eletrificação, admitindo que o híbrido flex a etanol é um caminho a ser seguido no Brasil, mas deixou claro ver essa solução como transitória.

“Não há potencial de escala”, comentou ao se referir ao etanol. “Globalmente, vamos caminhar para veículos a bateria”. Também presente na coletiva, o presidente da Volkswagen para a América do Sul, Alexander Seitz, comentou que as plataformas da marca são da matriz, “mas há liberdade para criar carros ao gosto do brasileiro”.

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A Volkswagen não revela quando colocará no mercado o híbrido flex a etanol, mas o presidente da empresa no Brasil, Ciro Possobom, deixou claro na entrevista que o projeto já está em sua fase final.

Sobre a produção local de veículos 100% elétricos, explicou que a estratégia envolve importar modelos do gênero num primeiro momento, para futuramente evoluir em suprimento a partir da cadeia brasileira de fornecedores.

“São planejamentos de médio de longo prazos”, explicou o executivo, ao informar que a vinda do CEO global da marca ao País teve, entre outros objetivos, justamente o de discutir ações para a segunda metade desta década.

Questionado se a empresa segue com lucro mesmo diante das atuais dificuldades do mercado, que levaram a Volkwagen a suspender produção na semana passada em duas fábricas, Possobom garantiu que pelo quarto ano a montadora opera no azul. Ele previu que julho ainda será um mês bom de vendas, visto que as redes têm estoque de produtos já adquiridos junto aos fabricantes com o desconto do programa “carro mais barato”.

 


Foto: Divulgação/VW

Alzira Rodrigues
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