Responsáveis historicamente por absorver pouco mais de 20% das compras anuais de automóveis e comerciais leves, as locadoras de veículos responderam por fatia de 27,8% nos negócios das montadoras no terceiro trimestre do ano.

No acumulado até outubro, esse índice ficou em 24,8%, com 436,9 mil emplacamentos das locadoras ante o total de 1,75 milhão de unidades comercializadas no mercado interno.

Pela projeção divulgada nesta terça-feira, 21, pela Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Veículos, o segmento comprará mais de 100 mil unidades nestes dois últimos meses do ano, chegando a 540 mil emplacamentos em 2023.

O presidente da Abla, Marco Aurélio Nazaré, admite que o crescimento das vendas no atacado neste final de ano ocorrem em função, principalmente, da retração nas vendas para o consumidor comum.

“O varejo realmente está fraco. O preço elevado dos carros e as dificuldades para obtenção de crédito dificultam as compras. Em contrapartida, contudo, as locadoras estão com negócios em expansão, o que gera maior procura por veículos para renovação de frota”.

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Considerando aquisições e vendas, o setor fechará 2023 com uma frota de 1,56 milhão de veículos, a maior já registrada em sua história no Brasil. A estimativa foi revelada por Nazaré na abertura do 18° do Fórum Internacional do Setor de Locação de Veículos, evento que ocorre nesta terça-feira e também na quarta-feira, 22, na capital paulista.

O levantamento da Abla foi feito a partir de dados do Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados. As locadoras terminaram setembro com 1.502.000 automóveis e comerciais leves na frota, contra 1.327.000 unidades registradas em setembro de 2022.

Na avaliação do presidente da entidade, os resultados ratificam que o setor continua essencial para a retomada das vendas de veículos. “E a diversificação da frota das locadoras também vai ao encontro do desejo de atendimento cada vez mais personalizado por parte de empresas e de pessoas físicas”, acrescenta.

Todas as categorias de negócios do setor de locação estão em alta e devem se manter positivas em 2024. No carro por assinatura, por exemplo, havia aproximadamente 80 mil veículos na modalidade ao final de 2020, volume que dobrou para 160 mil veículos em outubro deste ano.

“Com relação ao turismo, o ainda elevado custo das passagens aéreas e variações cambiais também deverão seguir provocando estímulos às viagens com veículos alugados”, prevê Nazaré ao comentar sobre o próximo ano.


Foto: Divulgação/Abla

Alzira Rodrigues
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