Ao optar por manter os preços das versões com sistema híbrido-flex a etanol da linha 2025 do Corolla Cross, a Toyota quer incentivar a demanda por modelos do gênero no mercado brasileiro.

Mais do que isso, sua ideia “é democratizar a tecnologia e proteger território”, como diz o diretor comercial da Toyota do Brasil, José Ricardo Gomes. Ao falar em proteger território, o executivo refere-se ao pioneirismo da marca no desenvolvimento da solução híbrido-flex a etanol.

Prometida por concorrentes de peso, dentre os quais Stellantis, Volkswagen, Renault e mais recentemente a Honda, tal tecnologia foi lançada pela Toyota no Brasil em 2019 com o Corolla, ou seja, há exatos cinco anos, e desde 2021 também está disponível no Corolla Cross.

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Proteger o território, portanto, significa ampliar a participação dos modelos híbrido-flex em suas vendas, conquistando ainda mais terreno em área por enquanto exclusiva da marca, mas que os competidores  prometem invadir em breve.

Caminho sem volta

Como ressalta a Toyota em sua campanha atual, o híbrido brasileiro é um caminho sem volta, a melhor solução para o mercado local e também latino-americano. Gomes falou sobre esse tema e outros, incluindo projetos em andamento da montadora, durante evento de apresentação do Corolla Cross 2025 em Ibiúna, SP, na segunda, 22, e terça-feira, 23.

Dentre pontos destacados por ele, o investimento de R$ 11 bilhões anunciado recentemente para o período 2024-2030, que contempla dois novos modelos eletrificados a serem produzidos no Brasil. Entre os seus projetos, inclusive, está em desenvolvimento um híbrido-flex a etanol plug-in.

Das mais de 230 mil unidades do Corolla Cross produzidas desde o lançamento em 2021, 40% são versões híbridas. No mercado brasileiro, elas respondem por 30% das vendas. O Corolla Cross é o carro brasileiro mais exportado atualmente, seguindo para fora com opção híbrida a gasolina.

Sem revelar em quanto pretende ampliar a fatia dos híbridos, o diretor comercial diz que a intenção é incentivar os fãs da marca a experimentarem esses modelos:

“Temos, inclusive, um foco em educação, ou seja, deixar cada vez mais claro para o consumidor as vantagens do produto no contexto da descarbonização e acabar com alguns mitos, como o de que o híbrido usado é mais desvalorizado”.

De acordo com o executivo, pesquisa com a linha Corolla mostra que enquanto o modelo a gasolina perde 8% do valor em um ano, no caso da versão híbrida o índice é menor em 1 ponto porcentual, ficando em 7%.

A Toyota tem uma linha que contempla as diferentes tecnologias hoje existentes e foi uma das primeiras a ofertar por aqui o híbrido a gasolina, com o lançamento do Prius em 2013.


Foto: Divulgação/Toyota

 

Alzira Rodrigues
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