Desde a terça-feira, 7, as linhas de montagem da Renault em São José dos Pinhais, PR, estão paralisadas por tempo indeterminado. Metalúrgicos decidiram entrar em greve após rejeitarem proposta da montadora para a PLR, Participação nos Lucros e Resultados, referente a 2024.

A Renault se comprometeu a pagar a primeira parcela da PLR, no valor de R$ 18 mil, até o próximo dia 10 e seguir com negociação do valor da 2ª parcela e da data-base com o sindicato. Já os trabalhadores reivindicam a definição do valor integral da PLR, data-base com aumento real nos salários e reajuste do vale-mercado.

A montadora se disse surpresa com a paralisação, alegando que as negociações para a renovação da PLR e Acordo Coletivo de Trabalho estavam em andamento. “Não foi respeitado o prazo legal para aviso de greve. A Renault do Brasil permanece aberta para dialogar”, afirmou a Renault em nota oficial.

O chamedo Complexo Industrial Ayrton Senna conta com cerca de 5 mil funcionários, sendo 3,5 mil na produção. A planta é a base produtiva de três automóveis e dois comerciais leves e, segundo o sindicato, tem trabalhado em dois turnos para produzir cerca de 800 veículos por dia  — em regime pleno, pode montar até 1.380 unidades diarimente.

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Dentro do complexo também está localizada a Horse, fábrica de motores originária da própria Renault e que igualmente teve sua operação interrompida na terça-feira. Os trabalhadores da empresa também rejeitaram condições semelhantes às oferecidas pela Renault a seus funcionários.

“A proposta da Renault que foi rejeitada não contempla as expectativas dos trabalhadores que ainda estão se recuperando das perdas salariais dos acordos anteriores que ainda não foram repostas”,  diz Sérgio Butka presidente do SMC.


Foto: Divulgação

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