A média de vendas por dia útil até foi um pouco melhor em abril do que em março, com alta de 5,6%, mas o mercado de veículos usados segue este ano com desempenho inferior ao de 2021. Em números absolutos, houve queda de 13,6% no comparaitivo  do quarto mês do ano com o terceiro, com totais de, respectivamente, 939.182 e 1.086.602 de unidades.

Dados da Fenauto, a federação nacional que representa os lojistas independentes, indicam a venda de 3.706.064 veículos no acumulado do primeiro quadrimestre, número 21,2% inferior ao do mesmo período do ano passado (4.705.64710). O presidente da entidade, Emilson Sales, admite que há um movimento de cautela por parte dos consumidores.

“De uma maneira geral, o consumidor ainda está cauteloso em suas decisões de compra e endividamento, observando o desempenho da economia, crescimento da inflação, taxa de juros e o oferecimento de crédito”, comenta o empresário, adiantando que a expectativa do setor é haja estabilidade no mercado ao longo do ano.

Os números da Fenauto contemplam tanto veículos leves e pesados, como também as motocicletas. O maior volume, na faixa de 60%, ´pe de automóveis. Na divisão por tempo de uso, os seminovos, aqueles com até 3 anos de uso, tiveram queda nas vendas de 16% no primeiro quadrimestre, com 629,1 mil unidades comercializadas. Já os chamados usados jovens, com 4 a 8 anos de uso, sofreram recuo maior, de 32,7%, somando pouco mais de 1 milhão de unidades.

O mercado de veículos leves 0 km também tem desempenho negativo este ano, o que por enquanto ainda é atribuído à falta de produtos por causa dos gargalos na produção decorrentes da escassez de semicondutores. Certo é, no entanto, que os juros altos e a inflação crescente já preocupam os executivos de montadoras e concessionárias, que não descartam que o cenário econômico pode acabar afetando de maneira mais contundente as vendas de modelos novos.


 

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