Para o presidente da montadora, a marca merece estar pelo menos entre as duas mais vendidas do País

Por Alzira Rodrigues

Com o lançamento do novo Polo no final deste ano, uma rede mais enxuta e a programação de uma série de lançamentos até 2021, a Volkswagen quer conquistar já no próximo ano a posição de vice-líder do mercado brasileiro. “O terceiro lugar não é bom para nós. A Volkswagen merece mais”, disse na quinta-feira, 20, o presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, responsável pelas regiões da América do Sul, América Central e Caribe, David Powels, ao participar do lançamento da linha Pepper dos modelos up! e Saveiro em São Paulo.

Dentre as medidas adotadas pela Volkswagen para ser mais competitiva destaca-se a redução do número de versões e combinações na sua linha de produtos, que caiu de 337 para 93. “A simplificação da gama otimizou tanto as operações na rede como também dos nossos fornecedores, reduzindo os custos em toda a cadeia.”

Powels não descarta que a marca possa voltar à liderança dentro dos próximos três anos, quando terá seu portfólio totalmente renovado. Mas deixa claro que o objetivo não é ser líder, mas sim ter resultados. Reforça, porém, que o mínimo que a empresa quer é estar entre os dois primeiros colocados do mercado brasileiro.

Líder por décadas seguidas, a Volkswagen atingiu 14% de participação em junho e está atrás da General Motors e Fiat no acumulado do ano, com fatia de 12,6%, apenas um ponto porcentual atrás da vice-líder. De acordo com Powels, a Volkswagen opera no vermelho por três anos consecutivos. “Ainda não teremos lucro este ano. Mas pretendemos retomar lucratividade o mais rápido possível”. Ele também falou da reestruturação da rede, que teve o número de pontos de vendas reduzido em 15%. “Hoje são 545 lojas, envolvendo 237 grupos.”

Crescimento na região – A Volkswagen comercializou nas regiões comandadas por Powels – América do Sul, América Central e Caribe – total de 335 mil veículos no ano passado, o que representou queda de 22% sobre as 458 mil do ano anterior. A previsão para este ano é atingir vendas de 430 mil unidades, com crescimento de 28% sobre 2016.

Com fábricas no Brasil e Argentina, a empresa investe forte na conquista de novos mercados. As exportações de veículos brasileiros cresceram 62% no primeiro semestre deste ano com  relação ao mesmo período do ano passado. O novo Polo brasileiro será exportado para a América do Sul, América Central e Caribe. Powels disse que o Brasil será o único fabricante do Polo na região, mas não descarta que futuramente haja montagem CKD do modelo em outros países.


Foto: Divulgação/VW

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