Por Alzira Rodrigues

A Volkswagen, que já havia divulgado projeção de crescimento próximo de 6% este ano, estimando venda total de 2,1 milhões de automóveis e comerciais leves no País, está confiante na continuidade de expansão do mercado brasileiro em 2018. O presidente e CEO da montadora no Brasil e na América do Sul, David Powels, acredita que o segmento possa atingir 2,3 milhões no próximo ano, alta de 9,5% sobre o previsto para 2017.

Os 2,3 milhões ainda representariam um volume baixo diante dos números alcançados em 2012 e 2013, em torno de 3,6 milhões, mas a projeção da Volkswagen é um bom indicativo de que o setor está acreditando que a retomada do mercado – verificada a partir de maio – é realmente efetiva. Afinal, se confirmadas as projeções da montadora, seriam dois anos consecutivos de crescimento após três anos consecutivos de queda.

Powels projetou a venda de 2,3 milhões em 2018 durante coletiva concedida após cerimônia de divulgação do investimento de R$ 2,6 bilhões da empresa na sua fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP. Lá serão produzidos, além da picape Saveiro, o hatch Polo, que chega ao mercado no último trimestre deste ano, e o sedão Virtus, com início de venda programado para o primeiro trimestre de 2018.

A Volkswagen vem investindo forte em produtos e manufatura para retomar parte da participação perdida no mercado interno. No acumulado dos primeiros sete meses do ano a empresa é a terceira colocada tanto no varejo, com fatia de 11,2%, como em vendas diretas, com 14,8%.

A marca quer retomar a vice-liderança do mercado já no próximo ano, conforme revelou o próprio presidente da Volkswagen no mês passado, por ocasião do lançamento da linha Pepper. Foi também naquela oportunidade que o vice-presidente de vendas e marketing da montadora, Gustavo Schmidt, falou em alta de pelo menos 6% em 2017, admitindo que “o crescimento pode até ser um pouco maior”. Ninguém até agora, porém, tinha arriscado palpites para o próximo ano.

A Anfavea, por enquanto, mantém projeção de crescimento de 4% no segmento de carros e comerciais leves para este ano, enquanto a Fenabrave – que começou 2017 com projeções mais conservadoras do que a entidade representante das montadoras – reviu a meta de expansão de 3,1% para 4,3%.

Há consenso no mercado de que agosto será um mês decisivo para avaliar como será o comportamento das vendas até o final do ano. Julho teve desempenho um pouco frustrante, abaixo do que se esperava, “mas agosto começou com movimento maior”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, por ocasião da divulgação do balanço dos primeiros sete meses do ano.


Foto: Divulgação/VW

 

Alzira Rodrigues
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